A cada dois anos o Brasil tem eleições. Numa delas, como ocorreu em 2022, o brasileiros, elegem o Presidente da República, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, Senadores e Deputados Federais e Estaduais. Agora, em 2024, as eleições são para escolha dos Prefeitos e dos Vereadores. O que isso muda na vida do cidadão? Alguns, diante dos escândalos políticos (especialmente decorrentes de corrupção), acham que nem vale mais a pena votar. Mas, felizmente, boa parte da população sabe o quanto o voto consciente é importante para que o país, ainda que devagar, tenha políticos cada vez mais comprometidos com a verdadeira democracia.

Muito mais que ser um direito garantido pela Constituição, votar é um dever que o cidadão precisa cumprir sabendo que sua escolha é o melhor meio de garantir a participação popular nas decisões políticas, porque estas – queiram ou não os indecisos, os omissos e os pessimistas de plantão – vão se refletir em todas as atividades sociais e econômicas. Vão afetar o custo de cada produto que entra na casa do cidadão, na obra feita na rua em que mora, no crescimento do seu município e estado e no sistema político, social e econômico do país.

VOTO É A EXTENSÃO DO CARÁTER

O voto é o melhor caminho para varrer da vida pública o político e o administrador desonestos, corruptos, ineficientes e nocivos para a população. Voto obtido em troca de dinheiro ou de um cargo, vai gerar consequências graves para a sociedade. Assim, a participação consciente do cidadão em uma eleição é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e com futuro melhor. Todos que desejam um futuro melhor para sua cidade, seu estado e seu país devem escolher bem seus candidatos em qualquer eleição, sabendo que o voto é sua arma mais poderosa. Vota irresponsavelmente, por exemplo, quem se diz contra o aborto mas ajuda eleger candidato cujo partido defende esta prática.

Cada voto é importante e faz a diferença no resultado final. Quem deixa de votar por não acreditar que isso seja realmente importante, deve saber que está delegando a outros a escolha de quem vai dirigir sua cidade.

A IRRESPONSABILIDADE DE QUEM ELEGE CORRUPTO

A corrupção tem um custo muito alto para a democracia, porque provoca uma série de efeitos devastadores, propiciando maior espaço de ação aos maus administradores e aos péssimos políticos. Numa democracia afetada pela corrupção, a legislação é falha e seguidamente esconde armadilhas que desmontam a economia, gerando desemprego, miséria e convulsão social. O custo da corrupção no Brasil, sabidamente, interfere na renda média do cidadão, impede o crescimento econômico e a competividade com mercados externos e desestabiliza nossas instituições políticas e socioculturais.

Infelizmente, muitos cidadãos com histórico político nada recomendável são, a cada eleição, mantidos ou escolhidos para cargos cujo exercício resulta em ações administrativas e políticas que beneficiam poucos e empobrecem muitos.

QUEM VOTA EM CORRUPTO, CORRUPTO É

Não importa se o candidato é seu vizinho, amigo de seu amigo, compadre de seu chefe, pai do amigo de seu filho. O que importa é o que você sabe sobre o caráter do candidato, de sua competência e de seu histórico como homem público. Não se deve votar pela amizade ou pela circunstância do candidato ser seu vizinho. Muito menos, não se deve votar em troca de um rancho, de um tanque de combustível, de um dinheiro qualquer ou de um benefício particular e passageiro. O voto deve ser pelo que o candidato pode fazer ou deixar de fazer pela sua cidade ou pelo seu estado. Eleitor que elege corrupto passa a fazer parte da corrupção e precisa saber que, ao se mirar no espelho, estará vendo a figura de quem ajuda as desconstruir o futuro de seus próprios filhos.

A DIFÍCIL ESCOLHA NA HORA DE VOTAR

Portanto, caro eleitor, pense, analise e se decida como cidadão consciente na hora do voto. Não é uma coisa fácil escolher o melhor candidato. Mas uma regrinha básica pode ser esta: o candidato que merece o seu voto deve ser o mais parecido com o que você pensa sobre justiça, honestidade e cidadania. Pesquise o histórico pessoal do candidato (trabalho, família e vida pública), sua postura ética e moral, sua situação perante a justiça e sobre o que ele pensa em relação a questões como aborto, tráfico e uso de drogas, etc.

Se o candidato já ocupou cargos públicos, analise como foi sua gestão, como usou o dinheiro público e se seu trabalhou melhorou ou piorou a situação da cidade.  É preciso saber o histórico do partido ao qual o candidato está filiado, porque, mais cedo ou mais tarde, ele terá que tomar decisões que poderão mudar totalmente os rumos da sociedade. Todo o cuidado é pouco na hora de votar, porque os eleitos serão os principais responsáveis pelo futuro do município nos próximos anos.  

Por isso, JAMAIS VENDA SEU VOTO. ESTA É A FORMA DE CORRUPÇÃO MAIS DESPREZÍVEL, HUMILHANTE, VERGONHOSA E PREJUDICIAL PARA O FUTURO DA CIDADE  

DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2024

ELEITORES:

Estão habilitados a votar em todo o Brasil, nestas eleições municipais, 155.912.680 eleitores distribuídos nas 5.569 cidades. Desse total, 52,47% são mulheres. A cidade com menor número de eleitores no país é Borá (SP), com apenas 1.094. E a cidade com a menor população é Serra da Saudade (MG), que tem 833 habitantes, mas 1.294 eleitores.

O Estado com maior número de eleitores é São Paulo, com 34.403.609, e sua capital é a cidade com maior número de eleitores do país, com 9.300.000.

Em Santa Catarina, são 5.640.659 eleitores em 295 municípios. também com maioria feminina (51,89%), e  os 10 maiores colégios eleitorais são: 1-Joinville (434.821), 2-Florianópolis (410.812), 3-Blumenau (265.491), 4-São José (191.370), 5-Itajaí (174.571), 6-Chapecó (161.252), 7-Criciúma (154.638), 8-Palhoça (146.889), 9-Lages (126.235) e 10-Jaraguá do Sul (126.025).

Menores eleitorados entre as cidades catarinenses: Santiago do Sul (1.540), Lajeado Grande (1.599), Presidente Castelo Branco (1.655). Jardinópolis (1;723) e Flor do Sertão (1.730).

SOBRE A VOTAÇÃO:

Pode haver segundo turno na eleição para prefeitos apenas nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Portanto, em Santa Catarina essa possibilidade existe apenas em relação a Joinville, Florianópolis e Blumenau, caso nenhum candidato a prefeito obtiver, no primeiro turno, a metade mais um dos votos válidos.  O primeiro turno é no dia 6 e o segundo turno no dia 27 de outubro.

Em todo o Estado, estão em disputa 295 cargos de prefeito por 840 candidatos, 295 de vice-prefeito por 840 candidatos, e 2.655 cargos de vereadores disputados por 17.870 candidatos.

Serão apenas dois votos: primeiro, para vereador, com 5 números (dígitos) e, depois, para Prefeito, com 2 números (dígitos). Na hora de votar, o eleitor pode levar consigo um ´lembrete´ contendo a ordem de votação e o número dos seus candidatos. Este lembrete deve ser em papel, porque não será permitida a entrada na cabina de votação portando celular.

CANDIDATOS EM PALMEIRA, BOCAINA DO SUL E OTACÍLIO COSTA:

OTACÍLIO COSTA: Três chapas:  Fabiano e Leonir (MDB); Henrique e Gustavo (PL) e Tio Ligas e Charles (PDT). São 58 candidatos a vereador (11 vagas). Estão aptos a votar em Otacílio Costa 12.720 eleitores, o que representa 734 a menos do que em 2020.

Em BOCAINA DO SUL, três chapas na majoritária: Alex Schumacker e Celio Straubel (PTD); Duduca e Alice (PSDB);  e Jaga e Lucas Miranda (MDB). As 9 cadeiras da Câmara são disputadas por 34 candidatos. São 3.149 eleitores, o que representa apenas 22 a mais que em 2020.

Em PALMEIRA, duas chapas disputam a prefeitura: Masselai e Ronaldo (PL); e Toninho e Orival (MDB). Para as 9 vagas da Câmara há 24 candidatos. São 3.214 eleitores, o que significa 333 a mais que em 2020.

Na Região da AMURES, LAGES é o município com maior número de eleitores, com 126.235, e RIO RUFINO é o de menor número, com 2.444.

HORÁRIO E PREFERÊNCIAS:

O horário da votação será uniformizado em todo o país, pelo horário de Brasília. Assim, a votação começará às 08h e terminará às 17h, desde que não haja eleitores na fila.

Quem não estiver com o título eleitoral só poderá votar se apresentar documento oficial com foto (CNH e RG, por exemplo) ou o aplicativo e-Título com fotografia, que é a via digital do título de eleitor. A biometria não é obrigatória, mas em Santa Catarina 85,57% dos eleitores jã estão com biometria cadastrada.

Têm preferência para votar: idoso com idade igual ou superior a 80 anos; idoso com idade igual ou superior a 60 anos; enfermos; pessoas com deficiências ou obesas; gestantes, lactantes, candidatos, juiz eleitoral e seus auxiliares, promotor eleitoral, policial em serviço e pessoas com criança de colo. As preferências observarão a ordem de chegada à fila de votação, ressalvados os idosos com mais de 80 anos, que terão preferência sobre os demais independentemente do momento de sua chegada.

JUSTIFICATIVAS:

Nas eleições municipais não há voto no exterior nem em trânsito. No entanto, é possível justificar pelo celular (via aplicativo e-Título) ou em seção eleitoral. Para tanto, o eleitor deve estar fora do seu município de votação. Em até 60 dias após as eleições é possível a justificativa pelo aplicativo e-Título ou via Sistema Justificativa, sem necessidade de comparecimento ao cartório eleitoral. O eleitor deve declarar o motivo do não comparecimento (viagem, problema de saúde, acidente, etc) e juntar documentos que comprovem a impossibilidade do voto (bilhete der passagem, atestado médico, BO, etc).

OUTRAS INFORMAÇÕES:

VOTOS BRANCOS OU NULOS: Estes votos não anulam uma eleição, não são contabilizados para qualquer candidato ou partido, nem considerados válidos para a totalização da eleição. O único reflexo que esses votos podem trazer é a diminuição da quantidade de votos que um candidato precisa para ser eleito, pois apenas os votos válidos são computados.

DIVULGAÇÃO: Quanto à divulgação dos resultados, assim que for encerrada a votação o Presidente da Mesa Receptora imprimirá o Boletim de Urna onde consta o número de votos que cada candidato recebeu. Os dados são gravados de forma criptografada, com assinatura digital em uma espécie de pen-drive. Em seguida, o boletim é fixado na entrada da seção eleitoral e a Memória de Resultados é levada para ser lida, transmitida e totalizada, seguindo-se a divulgação do resultado.

DENÚNCIAS: Crimes eleitorais devem ser informados ao Ministério Público Eleitoral ou a autoridade policial.

LEI SECA: Cada estado deve deliberar sobre a chamada ´Lei Seca´, que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas na véspera e no dia da eleição. Em Santa Catarina não há esta proibição. Ou seja, não há restrições ao consumo e à venda de bebidas alcoólicas nestas eleições.