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‘ENGOV’ ELEITORAL – HORA DE TIRAR O ADESIVO DO PEITO

Tão logo proclamados os resultados das eleições, começaram pelas redes sociais as gozações e, infelizmente, as discussões e até algumas ameaças. Essa ‘ressaca’ eleitoral precisa urgentemente de um ‘engov’, remedinho feito de concentrados de reflexão, respeito e sensatez, com efeitos positivos para a reconciliação.

                                                                                                             

A eleição é um exercício de cidadania que aceita todas as opiniões, inclusive quando grandes amigos tenham posições políticas completamente divergentes. Numa mesma urna se misturam os votos de todas as tendências ideológicas, que depois serão igualmente contabilizados para definir o candidato eleito. Se a eleição fosse um prato de comida, com certeza seria um tipo de ‘entrevero’, cujos ingredientes precisam se combinar dentro da panela, por mais diferentes que sejam suas composições.


A DEMOCRACIA É UMA MACARRONADA 

As eleições fazem parte da democracia. E democracia nada mais é que uma bela macarronada que, até chegar à mesa, passa por diversos processos, como plantação, colheita moagem e industrialização do trigo, a confecção da massa, o seu cozimento e a sua mistura com os temperos. E quando é servida, ah... que delícia!

Se aceitamos as regras do jogo estabelecidas para eleições livres, temos que admitir o seu resultado. É mais ou menos o que ocorre no futebol: o goleiro (perdedor) não pode impedir o goleador (vencedor) de celebrar o gol marcado. Obviamente, que a celebração tem suas regrinhas também, as quais não admitem a provocação, o escárnio, o menosprezo e os gestos ofensivos e provocativos. O mesmo vale quando a situação se inverte e o goleiro (vencedor) pega o pênalti e vibra diante do cobrador (perdedor).


REFLEXÃO E RECONCILIAÇÃO

Dito isso, num processo eleitoral a alegria da vitória e a tristeza de quem perde não podem ser causa de manutenção de divisões na comunidade. Mas, sobretudo, a comemoração do vitorioso deve ser única e exclusivamente pela vitória, jamais pela lágrima ou pela dor de quem perdeu. O momento não pode ser de decisões precipitadas e tolas, nem de comemorações provocativas. Agora é hora de reflexão e de reconciliação. Todos que vivem em comunidades como Otacílio Costa, Palmeira e Bocaina do Sul e que participaram das eleições, como candidatos ou como eleitores, respiram o mesmo ar e cruzam o mesmo caminho. Portanto, o respeito é essencial para uma caminhada segura e prazerosa.


HORA DE TIRAR O ADESIVO DO PEITO

É hora de tirar o adesivo do peito e trazer de novo prá perto o amigo, dando-lhe um abraço e um aperto de mão, ao invés de lhe apontar o dedo. Não guardar mágoas, nem ressentimentos; guardar apenas a estima que os amigos costumam ter entre si, para que no futuro a gente nem lembre se em algum momento do passado houve intriga ou desentendimento político.

Discutir política faz parte da democracia. Mas quando a discussão degenera para brigas, prejudicando as relações sociais e até familiares, é melhor parar e repensar. Ninguém precisa se calar quando se vê diante de uma situação política que julga incorreta. Porém, o respeito, a educação e a forma de expor as idéias devem predominar na discussão. Não vale a pena fomentar emoções negativas por causa de opiniões divergentes de um amigo ou parente. É um absurdo que por questões políticas as pessoas percam a educação, a honra, os amigos e a capacidade de uma vida social saudável.

O que se viu em algumas redes sociais, nos últimos dias da campanha eleitoral e nos primeiros dias após as eleições, foi a boa intenção de alguns em discutir civilizadamente. Mas também, infelizmente, houve quem não soube discutir sem brigar, passando da troca de argumentos para provocações e ameaças, criando inimizadas. Será mesmo que vale a pena deixar a polidez e a sensatez de lado e entrar em brigas absurdas, mesmo com todos sabendo que as eleições vão, mas os amigos ficam? A discussão política civilizada é saudável, mas quando o fanatismo predomina, aí vem a cegueira e a insensatez, algumas vezes para defender políticos que, depois, vão desmentir, na prática, os argumentos pelos quais o eleitor brigão tanto se expôs e se indispôs.


SOMOS INSTANTES

Para concluir, transcrevo,  por serem oportunos, estes versos da bela música de Gabriel Elias e Vitor Kley: “Que os meus pensamentos mantenham-se atentos ao equilíbrio// Não sei o que será de nós amanhã// Somos instantes feitos de agora// Conservo sentimentos bons aqui dentro// E o que não for eu deixo lá fora// Seja o que Deus quiser, eu vou seguir com fé// A minha paz nenhum dinheiro vai comprar// E nessa vida uma coisa eu aprendi// Não leve tudo tão a sério, nada se leva daqui”.

Amigo, tome então seu ‘engov’ eleitoral e leve a vida em paz. Preserve os amigos. ACREDITE: ISSO, SIM, VALE A PENA!  

 

 

Valdecir de Liz, o Anterior

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