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Estratégias de Sun Tzu nas Eleições

No próximo domingo, conheceremos nosso próximo prefeito. Qual dos três candidatos não gostaria de prever com precisão o resultado desta “batalha”? Qual deles não gostaria de ter executado toda a campanha de modo a levá-lo à vitória? Certamente todos os três.

Contudo, qual deles fez o melhor planejamento inicial? Qual administrou melhor a campanha? Qual detectou mais pontos fracos e fortes – seus e dos oponentes? E qual soube diversificar melhor as estratégias, adequando-as ao debate desta segunda?

Em breve saberemos qual deles – tendo lido ou não – entendeu melhor os treze capítulos da Arte da Guerra de Sun Tzu (Golden Books – São Paulo: DPL, 2008). Escrita na China por volta de 500 a.C., a obra já foi lida por diplomatas, políticos e administradores ao redor do mundo. É um manual de táticas militares, que continua atual após 25 séculos, por seu viés ético: tanto na estratégia quanto na liderança. Está então explicado o motivo pelo qual o escolhemos para esta nossa última conversa antes das eleições, meu querido leitor. De forma mais inspirada, disse o editor da versão que tenho:

“Acreditamos que bons leitores mereçam bons livros”.

Suas regras disciplinares aplicam-se à correção de atitudes viciosas – perdedoras por excelência – especialmente o “jeitinho”, tão conhecido por nós. Além de demonstrar a falta de sentido na agressividade destrutiva que permeia palavras e atos.

Não há espaço para citar o livro todo, e praticamente toda página proporciona alguma correlação com essa campanha. Então, aqui estão algumas frases do livro para que você, leitor, reflita sobre os candidatos e embase as conversas que virão após o desfecho neste domingo:

Para aqueles que almejam ouvir dos candidatos a visão deles sobre como anda a campanha, lembrem-se de que Sun Tzu os advertiu: “Quando a perspectiva for favorável, mostre-lhes; mas não diga nada a eles quando a situação for sombria.” E para aqueles que só recebem informações do seu grupo de apoio, lembrem-se: “Ver o Sol e a Lua não é sinal de visão aguçada.”

O debate, um monumento à democracia digno de nossos aplausos, nos mostrou um pouco do que eles pensam e de como pretendem cumprir o que estão prometendo. Logo veremos o que eles aprenderam:

Conhece-te a ti mesmo e aos teus oponentes, e não temerás o resultado da eleição.

E você, querido leitor, como se posiciona diante dessa 'guerra'? O que espera de um líder estratégico? Talvez, mais importante do que conhecer os candidatos, seja o exercício de refletir sobre quais valores e qualidades você considera essenciais em um comandante. Ao fazer isso, você não apenas escolherá um prefeito, mas também definirá a liderança que deseja para si e para nossa amada Otacílio Costa.

  • Um comandante sábio será capaz de perceber quaisquer mudanças nas circunstâncias e alterará imediatamente os planos.
  • Qual é o exército mais forte, imbuído do mesmo ânimo em todas as fileiras e com oficiais mais engajados?
  • Um carregamento de provisões do inimigo é equivalente a vinte dos nossos (essa é uma frase particularmente interessante quando a convertemos para a nossa histórica rivalidade entre pelegos e baixeiros).
  • Não repita as táticas que lhe proporcionaram uma vitória, mas deixe que seus métodos sejam regulados pela infinita variedade de circunstâncias, sempre de modo talentoso e justo.
  • Fazer manobras com um exército é vantajoso, mas muito perigoso com uma multidão indisciplinada (o “8/1/23” que o diga).
  • As cinco fraquezas que podem afetar um comandante: Temeridade (ousado, mas pouco inteligente), Pusilanimidade (indecisão que o torna medroso), Irascibilidade (perda do autocontrole), Suscetibilidade (ofende-se com facilidade, desestimula a crítica construtiva e perde a chance de se aperfeiçoar), Leniência (condescendente) (essa última muito comentada na Klabin, através do compromisso visível e da inibição de ações indevidas, mesmo que produzam lucro).
  • Falhas que são responsabilidade do general: Fuga, Insubordinação, Desorganização, Fracasso. Frutos de um comandante contraditório, sem autoridade, que não estabelece ordens claras e precisas e que não atribui deveres aos oficiais e soldados.
  • O general que avança sem cobiçar a fama e se retira sem temer a desonra, cujo único pensamento é proteger seus homens e servir bem ao seu país, é a joia do reino.



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