Edição 221 - 11 de setembro 2014

Quase caos no hospital da Bocaina
 
Osni Flávio de Oliveira, que foi prefeito de Bocaina do Sul, enviou ofício ao governador Colombo. Argumenta sobre a importância do hospital São José e reforça pedido de ajuda para que a instituição – interditada pela Vigilância Sanitária do Estado – seja reaberta. Provavelmente na boa vontade de ajudar, Osni Flávio desconhece o que de fato está por trás da interdição do Hospital São José. O relatório da Vigilância Sanitária que levou à interdição tem trechos que poderíamos chamar de macabros, evidenciando certo caos.
Observe-se que aqui não se acusa ninguém. Apenas se traz à baila as razões da interdição que embasaram a posição do Ministério Público na defesa à medida. Há denúncias de abusos sexuais a pacientes. O MP ouviu relatos que chocam sobre formas desaconselháveis de tratar pessoas com problemas mentais. Não bastasse a questão de atendimento, a estrutura do prédio pede socorro. Mau cheiro e infiltrações de toda ordem, dando origem a mofo e bolores foram detectados. Um relato aponta que os canos de ferro por onde passa a água são antigos. E que a ferrugem pode até estar saindo junto com o líquido. Um risco aos pacientes.
Portanto, se alguém levantar a voz para apontar a interdição do hospital como uma medida política, recomenda-se uma olhada no relatório da Vigilância Sanitária. A situação (infelizmente) é bem mais séria e complexa. De difícil resolução. Ademais, registre-se que o hospital atendia principalmente pacientes de fora de Bocaina, visto que o serviço de urgência estava desativado. Lamenta-se, mas a realidade é essa, sem maquiagem e nem reformas. Por enquanto!
 
 
E O ESTADO? – O Governo do Estado não se recolheu de ajudar o Hospital São José de Bocaina. Até foi assinado um convênio de R$ 500 mil pelo governador Colombo com o prefeito Luiz Schmuller. O valor resolveria ou amenizaria as deficiências estruturais. Mas como o hospital não é gerido pelo município (pertence à Cúria Diocesana) e possui problemas de dívidas, os valores do convênio não puderam (legalmente) serem repassados. E fazer gambiarra para repassar dinheiro a uma estrutura problemática não faz parte das ações do Estado.
 
 
REFLEXOS – Embora não tenha responsabilidade ou culpa direta e nem indireta sobre a situação do Hospital São José, porque a prefeitura em sua gestão não teve acesso à instituição, nem o prefeito Luiz Schmuller escapa de certo desgaste por causa da situação. Colega de imprensa que frequenta Bocaina, disse que em tom de piada, há aqueles que dizem que a única obra de Luiz Schmuller foi fechar o hospital. Claro que desconhece as ações do prefeito até agora e, principalmente, quem diz isso, ignora as verdadeiras causas do fechamento da estrutura de saúde.
 
 
TÉCNICA – Conversando com a gerente regional de Saúde, Camila Baccin, percebe-se um cuidado enorme para não transformar a interdição do hospital São José em episódio político. É de domínio regional a rivalidade entre o atual prefeito Luiz Schmuller (PMDB) e a ex-prefeita Marta Goss (PSD). Porém, pelo que evidencia Baccin, foi razão técnica e de proteção aos pacientes a medida tomada pela Vigilância Sanitária de Santa Catarina. 
 
 
COM DIRCE – Suplente de vereador em Otacílio, o guapo Rodrigo Barth, mesmo peleando também em Bocaina, tem articulado ações para os municípios. Barth frequenta estruturas públicas em Floripa onde amarra apoio para ajudar tanto Otacílio quanto Bocaina. Para facilitar o trabalho fechou parceria com a deputada Dirce (do mesmo partido de Barth) que busca a reeleição, com boa viabilidade. O gerente regional da Casan, Alceu Dias Antunes, também declarou apoio a Dirce e há reuniu desenhada para os próximos dias em Otacílio onde ocorrerão novas adesões à candidata.
 
 
 
COM BAUER – Candidato do PSDB ao governo de Santa Catarina, Paulo Bauer esteve em Lages. E embora o tucano esteja relativamente bem nas pesquisas (aproxima-se de 20% nas intenções de votos, segundo pesquisa Ibope encomendada e divulgada pelo Grupo RBS), pouca gente de Lages se integrou ao evento. Não fosse a mobilização de Silvano Cardoso e do PSDB regional, a recepção poderia ser demasiada discreta.
 
 
 
DO PMDB - Candidatos à reeleição, Moacir Sopelsa (Estadual) e Celso Maldaner (Federal), ambos do PMDB, estiverem em Otacílio Costa. O evento organizado pelo ex-vice-prefeito João Pedro Velho, o "Tiburcio" e o presidente do PMDB, o vereador Luiz Carlos Oliveira, o "Luiz do Sindicato", aconteceu na Toca do Tigrão, em Otacílio Costa. Militantes peemedebistas de Otacílio Costa, Palmeira e Bocaina do Sul participaram da prosa política. 
 
 
 
NEODI AQUI – Ex-prefeito de Concórdia e candidato a reeleição para Estadual, Neodi Sareta também bateu ponto em Otacílio Costa. O candidato do PT dialogou com o presidente do partido e demais lideranças petistas locais. Tudo em nome da busca de votos para estar entre os eleitos. No caso dele, entre os reeleitos.
 
 
 
AGENDA – Prefeito Luiz Schmuller (PMDB) tem franqueado a prosa no município com as diversas lideranças que buscam votos. De candidatos de partidos diferentes aos aliados do PMDB, todos são bem recebidos no contato com a comunidade. Um dos que bateu ponto em Bocaina na prosa com a comunidade e com o prefeito, foi Fernando Coruja. Ele é o candidato a Estadual, com base eleitoral em Lages, com a maior visibilidade de se eleger dia 5.
 
 
 
PAINEL I – A exemplo de Otacílio Costa e Bocaina do Sul, Painel inaugurou seu comitê suprapartidário. O espaço central contém material de todos os candidatos que estão na mesma coligação de Colombo.
 
 
 
PAINEL II – Mas quem tem conseguido bons apoios em Painel é Gabriel Ribeiro. Vereadores Ivonel e Laércio têm liderado a cruzada na busca de votos ao candidato do PSD. Atuação das lideranças de Painel ficou clara na passagem do candidato na inauguração do comitê.
 
 
 
DESFILE – O desfile de Sete de Setembro, que se confere nesta edição do Correio Otaciliense, serviu também para que a comunidade conhecesse a nova frota dos municípios. Em Painel, por exemplo, uma fila de máquinas adquiridas por convênios com os Governos do Estado e Federal tomou conta da avenida. Ação que deixou o prefeito Flávio Neto e a comunidade bastante entusiasmados.
 
 
 
TCE E BOCAINA – Marta Goss, que administrou Bocaina do Sul até 2012, continua sofrendo revés da época que foi prefeita. Dessa feita foi a não aprovação de suas contas referentes ao último ano de administração pela Câmara de Vereadores. O TCE recomendou aprovação com algumas recomendações. Mas os vereadores – por maioria – optaram pela rejeição: 7 votos a 2.
 
DA CÂMARA – Vereadores Luiz Carlos Barbosa (PSD) e Irmão Vanderlei (PP) reivindicaram ao Executivo que efetuasse a colocação de iluminação pública na Rua Quintino Francisco de Souza na localidade de Vila Aparecida. Ambos não só foram atendidos, como o procedimento ocorreu rápido, atendendo a necessidade daquela comunidade. Os vereadores entendem que é esse tipo de gesto de atenção da equipe de Tio Ligas que mantém essa boa relação não só com a Câmara, como com a própria comunidade.
 
 
 
ALIÁS – A Vila Aparecida merece toda a atenção porque está crescendo a cada dia. A igreja da localidade está linda e há uma pendência que poderia amenizar o sofrimento da comunidade. Principalmente o trecho na frente da igreja poderia receber algum tipo de pavimento (asfalto ou calçamento) para que a poeira do tráfego de caminhões não causasse tantos transtornos. Quem sabe Tio Ligas ‘derraba’ uns mil metros de asfalto no local, para a nossa alegria, não é mesmo vereadores Irmão e Luiz Carlos Barbosa?
 
 
HABITAÇÃO – Numa ação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a partir de Lages, em parceria com lideranças de Bocaina e até de Otacílio (vereador Luiz do Sindicato foi um dos batalhadores), estão sendo entregues 21 residências que foram construídas no meio rural àquelas famílias cujas casas estavam em situação precária. O ato em Bocaina será no dia 13, sábado, no Parque de Exposição de Bocaina, onde ocorre um ato simbólico da entrega. 
 
 
MAIS CASAS – Luiz Peron, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, diz que estão sendo construídas mais 50 casas e há protocolo pedindo outras 200. Uma ação que merece reconhecimento porque faz uma diferença sem tamanho para quem vive no interior e não tem condições financeiras de bancar uma reforma ou construção de casa nova.
 

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