Edição - 166 - 22/08

Apertem o cinto... A receita diminuiu
Demissão de sete secretários municipais e outros trinta e um cargos não efetivos. O chamado corte na própria carne foi experimentado pelo prefeito Vânio Forster (PDT) da vizinha Correia Pinto. Com a queda da receita não houve outra escolha. Na semana das tesouradas o prefeito de Correia Pinto ainda conversou com os colegas da Amures. Alertou aos que chegam no primeiro mandato para que não se iludam: cumprem a lei sem gastar mais que o limite ou sofrerão as consequências perante o Tribunal de Contas.
Em Otacílio Costa o prefeito Tio Ligas (do mesmo PDT de Forster) ainda não cogita demissões. E garante que não quer chegar a isso. Ele está baixando decreto cortando horas-extras e outros penduricalhos que contribuem para engordar a folha. Quer com isso fazer a lição de casa. “No primeiro semestre conseguimos cumprir a lei sem exceder ao limite de gastos de pessoal. Agora baixamos decreto e aguardamos o comportamento da receita. A intenção é não tomar atitudes mais drásticas”, argumenta Tio Ligas.
As ditas medidas mais drásticas se referem à hipótese de demissão de comissionados, contratados e secretários. Como ele disse, por enquanto não passa pela cabeça de Tio Ligas fazer isso. Mas caso a receita não reaja, até o prefeito de Otacílio terá que recorrer à tesoura para o dito corte na própria carne. Porque é melhor demitir e não colocar a cabeça na reta da guilhotina do TCE quando forem analisadas as contas municipais de 2013.
 
 
BOCAINA CORTA – Com a mesma linha de raciocínio do prefeito de Correia Pinto, Luiz Carlos Schmuler de Bocaina demitiu nove comissionados e os secretários de Agricultura, Assistência Social e Educação. Providência é para equilibrar os gastos com a folha. Claro que se a arrecadação reagir, eles retornam às funções. Mas Schmuler não tinha outra opção.
 
 
CONTRAPONTO I – Prefeito Tio Ligas não gostou do teor de algumas palavras citadas por lideranças do PMDB, referindo-se a administração que ele comanda e que repercutimos neste espaço, semana passada. Lamenta, por exemplo, termos como ‘essa gente’ quando peemedebistas se referem à equipe que toca a atual gestão. Na qualidade de líder do grupo que governa Otacílio Costa, o prefeito estranha a referência ao fato de lideranças citarem que ficaram por 12 anos no poder e transformaram o município. “Como se antes desse período não houvesse líderes que tenham contribuído para que Otacílio Costa se transformasse no município desenvolvido que é atualmente”, declara.
 
 
CONTRAPONTO II – Tio Ligas argumenta que respeita a oposição, entendendo que a fiscalização, a crítica, tudo isso é importante. Mas que devem ser ponderados dentro da razoabilidade. “Inclusive porque estamos aqui cumprindo uma missão dada pelo otaciliense. E foi o povo que quis assim”, aponta. O prefeito diz que não faz referência (ao responder) ao PMDB, mas a algumas pessoas que precisam assimilar o resultado das urnas.
 
 
E O HOSPITAL – Sobre a referência do ex-prefeito Altamir Paes de que a dívida do hospital Santa Clara mais que dobrou em sete meses, prefeito Tio Ligas lamenta a declaração. “Sobre o hospital existem duas realidades. A primeira delas é que ninguém sabe qual o valor real da dívida. Vamos saber depois de uma auditoria minuciosa. E a outra realidade é que nenhuma administração, nenhum prefeito passou tanto dinheiro para o Hospital Santa Clara como nós. Fazemos isso porque sabemos que estamos ajudando as pessoas que precisam de atendimento”.
 
 
SANTA CLARA – Todos os vereadores de Otacílio Costa, independente de sigla partidária, assinaram Moção Legislativa endereçada ao secretário Gabriel Ribeiro. Pedem ajuda do titular da SDR para viabilizar recursos ao Hospital Santa Clara. Como Colombo já ajudou outros hospitais da Serra, quem sabe está aí uma porta se abrindo para ajudar o Santa Clara
 
 
PALAVRA DO DEPUTADO – “Nós não somos Deus. Nós não fazemos milagres. Somos iguais a todos. Com a diferença de termos um mandato para atender aqueles que não têm”. A pregação é do deputado Aldo Schneider (PMDB) na passagem por Otacílio Costa. Com a saída de Elizeu Mattos de cena, Schneider é um dos que querem o espólio eleitoral do atual prefeito de Lages.
 
 
‘CENZÃO’ – Servidores da Palmeira passam a ter uma ajuda de R$ 100,00 a título de vale alimentação. Claro que o valor não dá um rancho, mas é melhor que nada. E o prefeito Durica disse que quando a prefeitura estiver ‘melhor das pernas’ pretende aumentar o vale.
 
 
COM OS COMPANHEIROS – Depois do festerê de entrega de 28 retro escavadeiras e a promessa do mesmo tanto de patrolas e caçambas para os dias que vêm, secretário Edson Pasold se misturou com lideranças do PT. Foi durante a explanação da ministra Ideli Salvatti. Pasold está de olho até na hipótese de se filiar ao PT visando o pleito de 2014.
 
 
ROYALTIES I – “Diante da finitude do recurso petrolífero, a riqueza dele proveniente pode ser empregada virtuosamente na educação, fundando uma economia lastreada pelo conhecimento inovador por toda a sociedade brasileira e seus cidadãos”. Esse conjunto de palavras bonitas integra a Moção Legislativa proposta pelo vereador Israel Anhaia (PT).
 
 
ROYALTIES II – O documento tem como destino a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) que está propondo, através do projeto de lei 187.5/13 que os recursos oriundos dos royalties do petróleo se destinem na integralidade à educação. De se lembrar que em âmbito federal a proposta é nesse sentido, com a retirada de uma fatia de 25% para a Saúde.
 
 
APROVADA SEGREGAÇÃO – Prefeitura de Otacílio Costa tenta fôlego ao IPAM. Foi aprovado o projeto de lei 055/13 enviado à Câmara. Ele prevê que o regime próprio de previdência dos servidores municipais deverá ser financiado mediante adoção do modelo de segregação de massas. A norma aprovada aponta a “implementação do regime de capitalização para parte da massa dos atuais segurados e extensão deste regime de financiamento para todos os futuros segurados”.
 
 
SOBRE A SEGREGAÇÃO – Na visão de Tio Ligas, o IPAM só teria esse caminho. O prefeito diz que já havia defendido o modelo na reunião do Conselho do Instituto. “Não fosse a adesão à segregação de massas no regime previdenciário chegaria um momento em que não poderíamos repassar dinheiro da prefeitura por causa da elevação do índice”. Segundo Tio Ligas, com a adesão à segregação será possível repassar montantes ao IPAM inclusive em forma de imóveis que pertencem ao município.
 
 
AINDA O ASSUNTO – Mesmo sem querer polemizar ainda mais, algo já polemizado, prefeito Tio Ligas se manifestou sobre as ponderações de Denilson Padilha (ex-prefeito) a respeito do IPAM. Segundo ele, o mais estranho é que Denilson é servidor público municipal. “E ele não teve cuidado sequer com a categoria que integra”.

 

E SOBRE O ASSUNTO – Denilson Padilha insiste que a questão do IPAM é assunto complexo e que permite várias interpretações. “Mas o fato é que administramos o assunto sem alarido. Encontramos uma realidade e administramos dentro das nossas possibilidades. Infelizmente o futuro do IPAM é complexo. Porém, é claro que estamos torcendo para que ocorra um equilíbrio”. 

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