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MAIS QUE UM BRASÃO, UM SENTIMENTO

Coluna publicada na edição impressa do dia 17/04/2025

O ser humano em toda a sua linha evolutiva sentiu e sente a necessidade de se comunicar. Nossa comunicação mudou ao longo de tantos anos. Na pré-história, desenhos em paredes de cavernas eram a maior forma de deixar uma mensagem, um aviso para aqueles que ali se aventuravam. Contadores de histórias surgiam, para contar suas aventuras e de outros. 

O tempo passou, a conversa surge, as histórias se ampliam, histórias são compartilhadas, a escrita é inventada e nossa comunicação se torna ampla e diversificada. O ser humano necessita de simbolismo, mas por quê? São os símbolos que constroem um entendimento, um sentimento, uma vontade e, no nosso caso, que iremos aqui discutir, um pertencimento. 

Na era medieval, cavaleiros estampavam em seus escudos cores, animais e formas no que hoje estudamos na heráldica, a qual é a ciência no entendimento sobre os escudos. O tempo passou, e esses escudos de cavaleiros passaram para famílias e dessas famílias para um estado. 

Uma nação é construída de história, cultura, tradições e símbolos que vão de sua bandeira à canção que o povo canta, e um dos mais importantes, o seu brasão de armas. Sua função vai além de identificar documentos oficiais, ele possui um caráter de contar a história de um local, os seus atributos, suas tradições, seus significados coletivos de forma visual e lúdica. A maior razão dos símbolos é significar. E é significando que vamos para o nosso brasão, não o da família, nem o seu, mas sim, o de Otacílio Costa. 

Estamos prestes a chegar aos 43 anos da emancipação político-administrativa do então distrito de Lages, que se tornou autônomo perante a região, estado e país. Otacílio Costa surge como município do interesse coletivo de ser livre das restrições, tanto econômica, quanto de crescimento, que Lages impôs por 24 anos, desde a criação do Distrito em 1958. 

O brasão de armas de Otacílio Costa possui um escudo inglês modificado, tendo as suas extremidades laterais alongadas junto a seu centro arredondado. No seu centro, há a cruz grega, que demonstra o caráter religioso da comunidade à época, sendo predominantemente cristã. A cruz está dividida em quartéis, tendo o seu centro um círculo. Em cada um desses quartéis divididos há elementos que representam a economia de Otacílio Costa e seus atributos naturais. Sendo assim, o primeiro quartel representa a indústria do papel e celulose, as florestas em torno da cidade e da indústria madeireira. O segundo quartel representa as plantações e produção agrícola; o terceiro quartel representa o gado e a pecuária e o quarto quartel representa a produção de fruticultura. Esses quatro elementos representam as principais fontes de renda econômica que a cidade possui. No centro do escudo há um minério que é a bauxita, representando as riquezas minerais que existem no subsolo. Acima do escudo temos uma roda dentada demonstrando o constante desenvolvimento industrial e o progresso de Otacílio Costa. Todos esses elementos representam a nossa identidade enquanto cidade à frente de contar, não só uma história, mas também demonstrar todo o nosso progresso ao longo dessas quatro décadas de desenvolvimento e crescimento, tanto econômico quanto de expansão.


Legenda: Esta é a versão ajustada feita por mim. Seu desenho é de Marcos Lenzi. O brasão sofreu pequenas alterações ao longo das décadas.  Essa é a primeira coluna de uma série em comemoração ao aniversário de nosso município. 

Box:

LEI Nº 39/1983 - INSTITUI A BANDEIRA, O BRASÃO, O HINO DO MUNICÍPIO E O HINO À BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE OTACÍLIO COSTA.

PREFEITURA MUNICIPAL DE OTACÍLIO COSTA, em 20 de OUTUBRO de 1983.
NELSON MELO DE LIZ / Prefeito Municipal


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