Edição 214 - 24 julho de 2014

Otacílio Costa demite mais que admite em 2014
As notícias não são tão boas em relação à geração de empregos no primeiro semestre deste ano nos municípios de Bocaina, Otacílio, Palmeira e Painel. Aliás, somente Bocaina não apresentou dado negativo, com certa estabilidade entre admissões e demissões nesses seis meses de 2014 avaliados pelo Ministério do Trabalho. Foram duas contratações a mais que o número de demissões no município administrado pelo prefeito Luiz Schumuller. Mas Palmeira com sete demissões a mais que as admissões e Painel com 35, apontam a tendência de menos emprego.
Situação mais preocupante, no entanto, aparece em Otacílio Costa. No primeiro semestre deste ano foram 144 demissões a mais que o número de admissões feitas no município. Situação que não tem fator ou causa isolada. Não existe por aqui a contratação e demissão de grande quantidade de pessoas na safra de maçã, nem tão pouco se protagonizou a desativação de alguma empresa de porte. Logo, o dado negativo é resultado de situações pontuais em diversos setores. No ranking estadual, Otacílio Costa ocupa a 286ª posição na geração de emprego. Só não está pior que 9 municípios em Santa Catarina.
Claro que não se pode culpar a gestão pública por essa realidade. Uma prefeitura não pode operar milagres se há certa estagnação na geração de oportunidades de trabalho. O que cabe ao prefeito, e Tio Ligas sabe disso, é perseguir estratégias para atrair investimentos, com oferecimento de incentivos diversos, até para manter certa estabilidade entre empregos gerados e demissões ocorridas. Que a má notícia do primeiro semestre seja revertida no fechamento do ano com bons ventos soprando a favor da geração de empregos em Otacílio Costa.
 
 
NA CAMPANHA – Não pensem que a disputa entre os candidatos ao Governo do Estado os torna inimigos ferrenhos. No encontro de Concórdia, testemunhado pelo prefeito Tio Ligas, o clima de harmonia entre Bauer, Ponticelli e Colombo parecia camaradagem de infância. Logo, não comprem brigas para defender este ou aquele. A eleição passa e a vida continua. Até porque, existe vida depois da eleição.
 
 
HOSPITAL BOCAINA – Não são boas as notícias sobre o ‘estado de saúde’ do Hospital São José de Bocaina do Sul. Se fosse um paciente, poderíamos dizer que está respirando com ajuda de aparelhos. A razão é complexa, mas pode ser resumida em “dificuldades financeiras”. O hospital possui um passivo que até pode não ser alto, mas implica na impossibilidade de se conseguir certidões negativas. A certidão negativa previdenciária é a mais complicada. Mas isso é apenas um dos atrapalhos.
 
 
OUTROS ATRAPALHOS - O Hospital São José pertence à Cúria Diocesana (Igreja Católica). Um decreto de n.º 127 baixado pelo Governo do Estado estabelece regras para acessar convênios. No artigo 24, inciso VII, por exemplo, consta que a instituição para celebrar convênio com o Estado precisa apresentar “certidão emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis comprovando a propriedade plena do imóvel com data não superior a 30 (trinta) dias, nos casos em que o convênio tiver como objeto a execução de obras”.
 
 
O QUE ISSO SIGNIFICA? - Significa que aqueles R$ 500 mil liberados pelo Estado somente poderiam ser disponibilizados se o hospital fosse propriedade plena do município. Como não é e nem será, isso inviabiliza na fonte (lá em Floripa) a liberação dos recursos. Nem é uma questão com a prefeitura ou com o prefeito Luiz Schmuller.
 
 
DINHEIRO NÃO VEM? – Sim, é verdade. Os recursos retornarão para o Estado por impossibilidade de realização do convênio (e liberação dos R$ 500 mil) porque o Hospital São José não atende os requisitos exigidos em decreto. E há outros requisitos no mesmo decreto que o hospital também não atende, bloqueando o acesso aos recursos liberados pelo Estado.
 
 
PARA PIORAR Pode ser questão de tempo o fechamento do Hospital São José de Bocaina. E a razão é de ordem técnica. A Vigilância Sanitária estaria disposta a fechar a instituição de saúde por não atendimento de exigências de ordem legal. A informação é de que os fiscais da Vigilância Sanitária viriam nesta semana a Bocaina tomar providências. Tenta-se em Floripa evitar a medida, inclusive por causa da repercussão para a vida das pessoas que o fechamento representaria.
 
 
TRANSPARÊNCIA – Tanto a Procuradora do Município de Bocaina, a advogada Larissa Wojcik quanto o responsável pela área de Comunicação, Rodrigo Barth, forneceram informações, documentos e esclarecimentos sobre a questão envolvendo a Prefeitura e o hospital. A intenção é deixar bem claro que se estivesse ao alcance da prefeitura, seriam tomadas as providências e acesso os recursos estaduais. “Estamos atuando dentro do que prevê a lei e determinam as normas em relação a convênios”, resume a Procuradora.
 
 
PROVIDÊNCIA EM BOCAINA – Diante dessa situação do hospital de Bocaina, a providência do prefeito Luiz Schmuller foi acelerar as obras de implantação das Unidades Básicas de Saúde previstas para o município. Outra ação imediata está sendo a ampliação do horário de atendimento no Posto de Saúde. Segundo informações as portas estão abertas das 6 da manhã até a meia noite.
 
 
PAI EM OTACÍLIO – Se tem um partido ou outro que está no mundo político brasileiro sem pai e nem mãe, isso não pode ser dito do PAI – Partido dos Aposentados Pensionistas e Idosos do Brasil. A nova sigla que tem como figura maior em âmbito nacional o senador gaúcho Paulo Paim representa um segmento que tem hoje 20% da população brasileira. São 40 milhões de idosos que convivem com as agruras da falta de representatividade política. É nesse foco que o PAI entra. E em Otacílio Costa quem pilota o projeto do PAI é Jane Ortiz, que coordena a Comissão Provisória.
 
 
AINDA O PAI – Segundo Jane Ortiz, a ideia é estruturar o partido PAI em Otacílio Costa para atender essa camada da população que não é valorizada. Ela cita, por exemplo, que se quer os idosos são incentivados a votar porque não se vê neles a valorização que deveria ser vista. “Vamos organizar o partido em Otacílio Costa, conquistar espaços e defender cada vez mais essa camada da população”, relata Jane Ortiz. Portanto, na eleição de 2016 vai ter político tendo que pedir benção para o PAI em Otacílio Costa.
 
 
QUE TAL EM OTACÍLIO? – Pense nos dois lados do PSD de Otacílio Costa reunido com as lideranças do PMDB e ainda o pessoal do PDT, inclusive Tio Ligas. É mais ou menos isso que se conseguiu fazer em Anita Garibaldi, em torno do projeto de reeleição de Colombo e apoio à Presidente Dilma. Por lá, esqueceu-se por alguns momentos as desavenças municipais, para se pensar num projeto conjunto que vai dar resultado político para Anita Garibaldi. Otacílio Costa poderia trilhar esse caminho. Poderia, mas penso que dificilmente irá!
 
 
NA FECAM – Prefeito Tio Ligas (PDT) representou a Amures no debate da Fecam com os candidatos ao governo de Santa Catarina. Em Concórdia estiveram Cláudio Vignatti (PT), Bauer (PSDB) e Colombo (PSD). Tio Ligas conferiu atentamente as manifestações e conversou com Colombo sobre o projeto de reeleição.
 
 
PAINEL – Município serrano tem 800 quilômetros de estradas do interior. Manter essa lonjura de estradas conservada é o maior desafio do prefeito Flávio Neto. Por isso que o dinheiro do Fundam, permitindo a compra de caçambas veio em boa hora. Se atender o interior e manter as contas equilibradas o comandante de Painel se credencia para continuar tocando o Paço até 2020.
 

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