Edição 155 - 06/06
Das emancipações de Otacílio Costa
Lá se vão mais de 30 anos desde que o município de Otacílio Costa passou a existir. O antigo distrito de Lages ganhou vida própria, deixando de ser refém de uma estrutura administrativa que não cuidava bem de estradas, tinha um atendimento na saúde precário e outros problemas que se tornaram menores somente com a emancipação. Mas mesmo depois de emancipado, tocando a vida com as próprias pernas, Otacílio Costa ainda possuía certa dependência da cidade mãe. Uma dessas dependências se referia à informação. Rádios e jornais de Lages pautavam e noticiavam, de forma limitada, o dia a dia do novo município.
Mas a emancipação em relação à informação também “habitou entre nós”. Na virada do século a Rádio Cidade FM deu voz à gente de Otacílio Costa. E no mesmo sentido uma década depois foi a vez de o Correio Otaciliense dar letras aos acontecimentos nestes lados do mapa da Serra. A homenagem da Câmara de Vereadores pelo dia da imprensa, numa preposição do vereador Robson Medeiros, acaba por referendar essa autonomia de Otacílio Costa também na informação. Nada de depender de rádios ou jornais de fora. O que acontece por aqui se ouve ou se lê nos veículos do município. É o otaciliense cada vez mais emancipado e independente, como tem que ser!
SC 2014 – PMDB encomendou a primeira pesquisa para a eleição estadual de 2014. Instituto IPC fez o levantamento. Colombo lidera com 27,5% e LHS é o segundo com 22,7%. Amin tem 21%, Vignatti 9% e Bauer 5%. Sem LHS no páreo, Colombo chega a 35%.
SUPLENTES I – Pelo jeito os suplentes Zelão, Sandro Capistrano e Gustavo Matias vão ter que esperar sentados pela chance de assumir na Câmara de Otacílio. Com a licença saúde da vereadora Salete de Liz Ferreira, cogitou-se que haveria um acordo para um rodízio entre os suplentes a começar com a vereadora Sonei. Mas foi só cogitação porque esse acordo nunca teria existido.
SUPLENTES II – Trocando dois dedos de prosa com a vereadora Sonei (que substitui Salete na Câmara), ela explica que nunca se cogitou acordo para rodízio. Explica que torce pelo restabelecimento de Salete (submetida a uma cirurgia nas costas), mas que não passa pela sua cabeça deixar o cargo antes do retorno da titular da vaga. “E se houvesse algum acordo eu cumpriria”, garante.
PAINEL: NEM TÃO PERTO – Diferenças políticas se resolvem no debate, no diálogo. Pelo menos é o que se visualiza em Painel. Com minoria na Câmara e certa dificuldade para administrar sem apoio do legislativo, prefeito Flávio Neto tem tocado a gestão. Mas se alguém pensa que o prefeito e o presidente Antônio Marcos Cavalheiro, o Marquinhos nem proseiam, o registro fotográfico mostra o contrário.
PAINEL: NEM TÃO LONGE – Na passagem do secretário Gabriel Ribeiro (SDR Lages) por Painel, durante a explanação das ações do Estado na Câmara, lá estava o prefeito Flávio Neto e o presidente Marquinhos. Pelo menos na hora da fala do secretário e na foto, estavam todos juntos e misturados.
PROVOCADINHAS – Administração do prefeito Tio Ligas navega nas águas de um Rio Canoas sem rebuliço. Oposição analisa, estuda e aguarda. É o período da boa vizinhança. Mas uns Pedidos de Informações na primeira Sessão da Câmara de junho indica que a oposição já anda querendo saber coisas.
ALIÁS – Os eventuais pedidos de informações da oposição terão respostas sem trauma no Paço. João Carlos Matias, um dos homens de confiança para as lidas jurídicas na gestão de Tio Ligas, é craque nos esclarecimentos. Inclusive porque se der conta de matar as curiosidades do Ministério Público (sempre buscando informações), o que os vereadores indagarem é mole...
A PRIMEIRA OBRA – Prefeito Luiz Carlos Xavier, o Tio Ligas, admite certa angústia para inaugurar sua primeira obra. Indagado qual fica pronta primeiro, ele aponta um rosário de ações. A maioria obra que precisava de contrapartida e outras providências técnicas para ter andamento. Posto de saúde, estrutura para prática de esportes (no bairro Poço Rico), enfim, Tio Ligas confirma que há um domínio sobre a gestão que permite concluir obras em andamento e já planejar outras. Que bom que Tio Ligas esteja disposto a dar respostas em forma de ações realizadas. Em Otacílio o povo também adora obra. E de preferência pronta.
PROPOSTA I – Vereador Luiz Carlos de Oliveira (PMDB) levou para a Câmara a tentativa de resolver um problema que afeta a maioria dos municípios: a presença de maquinário público em propriedades particulares. O vereador entende que é preciso criar um programa que legalize a presença de máquinas fazendo serviços, principalmente de estradas, nas propriedades rurais. Falando aos colegas sugeriu nome do programa e até percentual (de 80%) de subsídio do município aos produtores, na execução dos serviços.
PROPOSTA II – Entende o Luiz do Sindicato que, em épocas de campanhas eleitorais, surgem denúncias do uso de maquinário da prefeitura para fazer obras particulares. “Mas se esse tipo de serviço estiver legalizado, não haverá mais problemas”, justifica. Portanto, a sugestão está dada. Como é matéria que precisa ser de autoria do Executivo (porque gera despesa e vereador não pode criar lei que gere despesa da prefeitura), de se esperar que a administração olhe com carinho a proposta.
GILBERTO GIL – De público ele foi um fiasco, levando pouco mais de 10 mil pessoas ao Conta Dinheiro. Mas como já foi até ministro, Gilberto Gil foi um dos mais assediados pelos políticos na Festa do Pinhão. O show mais caro do evento (R$ 366 mil) deu prejuízo aos organizadores que apostam na abertura de caminhos em Brasília com esse agrado ao baiano.
ENTREVERADO – Quem frequentou o Conta Dinheiro teve noção do quanto Altamir Paes é respeitado pelas lideranças do PMDB. Deputados e dirigentes da sigla faziam questão de uma prosa com o ex-prefeito de Otacílio Costa. Boa parte dessas lideranças sabem que, apesar das tempestades no caminho, Altamir continua sendo um dos caras que mais tem voto na Capital da Madeira.
BOCAINA – É triste, mas é verdade. O hospital de Bocaina deixou de ser uma questão administrativa e passou para a esfera política. Oposição ao prefeito Schmuler se apega na estrutura. Com isso quem perde é a comunidade que precisa ir até Lages para conseguir atendimento.
DÍVIDA – Dizem e eu não afirmo que só o débito do Hospital São José de Bocaina do Sul com a Celesc pode chegar a R$ 1 milhão. E como a Celesc é uma sociedade anônima, não pode perdoar ninguém.
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