Edição -150
Peregrinações com mais benzidas que ações
Não há como pensar na passagem da segunda maior autoridade política catarinense por estes pagos e não ficar na expectativa que venham juntos ‘alguns trocados’ para execução de ações. Porém, o vice-governador Eduardo Moreira cumpriu agenda por aqui, apenas para umas prosas políticas. Os nativos destas querências deveriam, ao fechar agenda com líderes, lembra-los que uns agrados em forma de recursos para os municípios fazem um bem danado.
Na verdade, essa peregrinação do vice-governador e até do governador, de deputados estaduais e federais, além de senadores, será mais comum e constante a partir de agora. Exceto LHS e Bauer que têm mais quatro anos de mandato no Senado, os demais precisam renovar o passaporte nas urnas. E para tanto, passam a bater ponto com certa frequência. Porque ‘quem não é visto, não é votado’.
Na passagem por Palmeira e depois Otacílio Costa, Pinho Moreira apenas proseou com os colegas de PMDB. À imprensa, reafirmou que o único corpo estranho à manutenção da Tríplice Aliança é o PP. A visita de Pinho serviu também para reafirmar o propósito de ver Juarez Mattos, adjunto na SDR, concorrendo a deputado estadual.
Que Pinho retorne e outros venham, mas se quiserem trazer uns convênios ou recursos para estes municípios, que não façam cerimônia. Uns pilas a mais para ações são sempre bem vindos. Inclusive porque não é só de ‘benzidas’ que se faz política.
CARA DE PIDÃO – A Altamir Paes e demais lideranças do entorno da Capital da Madeira coube a tarefa de recepcionar a comitiva peemedebista que passou por aqui. Em Palmeira houve encontro dos prefeitos do PMDB da Serra. Juarez Mattos, com uma cara de pidão, foi logo dizendo para Altamir que Pinho quer que o adjunto da SDR concorra a Estadual. Mas sem apoio dos municípios do entorno de Lages fica menos fácil.
PENINHA BATE CARTÃO – Antes que algum candidato a Deputado Federal de última hora chegue por aqui para tomar conta do pedaço, o deputado Rogério Mendonça, o Peninha, retornou ao pago serrano para prosear com prefeitos. Somou-se às lideranças que cumpriram agenda com Pinho e prefeitos.
QUE TAL SE FOR ASSIM? – Na qualidade de líder peemedebista regional, Altamir Paes costura apoiamentos para que o partido faça barba, cabelo e, talvez, bigode nas urnas ano que vem. Na conversa com prefeitos em Palmeira, Altamir semeou a tese do ‘todos juntos’ para o pleito de 2014. Se isso dará resultado, as futuras prosas até o pleito e a voz das urnas é que dirão.
SANTA CLARA, CLARIAI – Lamentável que pipoque na imprensa regional a questão de atendimento no Hospital Santa Clara. Otacílio Costa não precisa ser notícia lá fora por causa desse tipo de situação. Por outro lado tem gente perguntando quando a crise financeira evidenciada novamente em abril terá um choque de gestão com a participação da Prefeitura. Nesse caso, com a palavra o secretário Silvano Cardoso.
FERROVIA I - Quando um não quer, dois não fazem. E quando todos querem? Pela lógica deve se fazer devereda. Nesse contexto está a questão do traçado da Ferrovia do Frango passando pela Serra Catarinense (leia-se Otacílio Costa e depois Ponte Alta). A maior mobilização de prefeitos e deputados em torno de um mesmo objetivo aconteceu na UNC de Curitibanos. Todos farão documento pedindo a Colombo e ao Governo Federal para que a ferrovia que vai rasgar SC de leste a oeste, passe pela Serra.
FERROVIA II - No dia 6 de maio será lançado edital para fazer o projeto. E essa mobilização ocorre de fato agora, ou depois não adianta chorar pelos trilhos desviados (por outra região). A considerar o interesse de quase 200 prefeitos, se essa questão política for considerada, haverá trilho cortando a estrada entre Otacílio e a BR-470, quando a obra sair do papel.
RECONSTRUINDO O CONSTRUÍDO - Nada de lamentar os tropicões. O PSD reuniu seu povo para comemorar as evoluções. Nesse sentido, prefeitos, vices e vereadores eleitos ano passado estiveram numa prosa com Colombo e grande elenco. Integraram-se à prosa os presidentes do partido e lideranças fortes, como o caso de Pindaco de Otacílio, Marta Goss de Bocaina e outros. Todos foram ouvir `esse jeitão de fazer` ou de dizer que vai fazer. Ideia é manter o partido turbinado para eleger deputados estaduais e federais, além de reeleger um governador ano que vem.
OS NÚMEROS DO PSD - No evento realizado ali em Cadeados (caminho entre Otacílio Costa e Lages), foram apresentados os dados do PSD. São 53 prefeitos, 60 vices e 485 vereadores espalhados pelo mundo de Santa Catarina. No encontro foram encaminhadas a existência das alas PSDJovem e PSDMulher, além da Olimpíada do PSD. Embora o foco seja ganhar uma eleição e não apenas uma competição, os integrantes do partido vão participar de uma Olimpíadas entre si. Nesse caso, não há risco de perda.
ACREDITANDO NA PROSA – SDR realizou reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional em Capão Alto e para lá se deslocaram os representantes de Otacílio Costa. Wanderlei de Liz, o Irmão, e demais conselheiros acreditam na prosa feita pela SDR de que a melhor forma de conseguir recursos é através do Conselho. Acreditam, mas buscam outras formas, como articulação direta com lideranças ao nível do mar.
DENILSON PADILHA FILOSOFANDO – Ex-prefeito de Otacílio Costa já em outras peleias na área pública, compartilhou texto a pretexto dos dias vividos. Conteúdo bem pertinente onde um trecho diz o seguinte: “Aprendi que o tempo é algo que não volta atrás, e que ele é o melhor remédio pras nossas mágoas, pras nossas decepções, pras nossas frustrações (...). Aprendi, a duras penas, que nem sempre quem parece teu amigo realmente o é, e aqueles que realmente são jamais te deixarão cair (...). Aprendi que o Poder traz estes falsos amigos assim como as tuas derrotas os afastam. Aprendi que você deve enfrentar tuas derrotas de cabeça erguida sem jamais perder teu caráter (...). Aprendi que por mais que você se dedique em algo sempre terá alguém pra criticar porque é muito simples acharmos os defeitos”.
DOIS DEDOS DE PROSA...
Com o prefeito Durica de Palmeira que tem uma dívida de R$ 4 milhões para administrar e colocou os dados num out door em praça pública:
CO – Verdade que sua gestão herdou uma dívida de R$ 6 milhões?
DURICA – Não, não é verdade. A dívida é de pouco mais de R$ 4 milhões referentes à INSS atrasado e outras dívidas em longo prazo.
CO – Como administrar com uma realidade dessas?
DURICA – Considerando que nossa arrecadação gira em torno de R$ 800 mil mensais, temos que buscar recursos externos para fazer mais ações.
CO – Só com recursos próprios é mais difícil...
DURICA – Só a folha de pagamento consome a metade da arrecadação, considerando os gastos obrigatórios com Saúde e Educação sobra pouco para investimentos. Assim, não podemos contar só com recursos próprios, mas ir atrás de convênios com o Estado e a União.
CO - Senhor colocou um out door com os dados da dívida em praça pública...
DURICA – Sim, colocamos porque queremos que a comunidade veja a nossa realidade. E isso demonstra transparência. Queremos fazer isso ao longo da administração.
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