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Fazer o bem - O Grande teste dos grandes

Em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam. (Mateus 7:12a)

Receber um pisão no pé numa fila ou uma "fechada" no trânsito. Alguém lhe promete algo e não cumpre com a promessa. Você confia em alguém e a pessoa trai sua confiança sem fazer cerimônia. Você se dedica à causas e pessoas com empenho e, ainda assim, não recebe o merecido reconhecimento. Todos já passamos por situações do tipo e, quando isso acontece, a nossa tendência é de revolta e, muitas vezes, explosões de fúria e ressentimento.

"Chega! Vou parar de ser trouxa e tratar os outros como sou tratado", explodimos, numa decisão racional com base em nossos instintos mais primitivos de sobrevivência, baseados naquilo que parece ser a conclusão mais sensata diante das injustiças, erros e agressões que sofremos no dia a dia.

Quando cedemos a estes instintos a tendência é nos embrutecer e deixar de oferecer o melhor que possuímos em prol do mundo e dos outros. Quando praticar o bem parece nos fazer passar pelo papel de capachos da sociedade, acabamos sendo tentados a abandonar tudo e desistir. Todavia, este é o grande teste de grandeza do ser humano. Com quem você prefere se parecer?

Ao terminar sua segunda carta aos Tessalonicensses, o apóstolo Paulo buscou encorajar os cristãos daquela cidade a continuarem fazendo o bem, e pediu a Deus que lhes desse ânimo para prosseguirem com as boas ações. No verso 13 do capítulo 3 ele faz um apelo: "Não vos canseis de fazer o bem", pede o já experiente e velho Paulo, que conhecia bem as injustiças recebidas da sociedade por fazer o bem. O Próprio Paulo sofreu inúmeras delas, inclusive a prisão e sessões de açoites.

Sabe, nossa cultura e a própria tendência humana nos ensina que vale mais à pena pagar na mesma moeda, dar o troco e sair sempre por cima. Frases como "nunca levar desaforo pra casa" se tornam a filosofia de vida de várias pessoas. A questão é que, se cedermos a estas tentações, ficamos mais parecidos com quem nos agride - sejam pessoas em particular ou a própria sociedade.

Se começarmos a desacreditar e reagir pagando na mesma moeda, revidando, podemos até experimentar momentos de aparente satisfação, mas será que vale mesmo à pena pensar e agir assim? Será que vale à pena abandonar o bem?

Pare e pense um pouco em suas próprias ações, mas do ponto de vista divino. Contemple suas próprias falhas e incoerências diante do mundo, das pessoas e, principalmente, quantas promessas você fez a Deus que acabou não cumprindo depois por desculpas diversas? O que você vê?

Um Deus que paga suas falhas na mesma moeda ou um Deus que, independente de suas falhas, insiste em lhe tratar com amor, cuidado e misericórdia? Um Deus que lhe castiga ou um que lhe oferece perdão? Sim, se temos um Deus que nos oferece seu perdão, porque deveríamos pagar às pessoas com a mesma moeda, agindo como eles?

A questão é que, se as pessoas são nosso referencial, pode fazer sentido retribuir da mesma forma as ações delas, mas se Deus é nosso ponto de referência e se é com Ele que queremos ser mais parecidos, então precisamos agir como Ele age por nós. Com bondade, superioridade e baseados naquilo que nós somos, não no que as pessoas fazem conosco.

Que a bondade demonstrada como exemplo pelo próprio Deus seja implantada a cada dia em nossas ações, palavras, atos e pensamentos, pelo poder do Espírito Santo e que, em nossas ações e reações, possamos "não nos cansar" de fazer o bem, o máximo que pudermos.

Assim, vamos nos tornar cada vez mais parecidos com nosso maior exemplo. O próprio Deus.      

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