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Polícia deflagra Operação Ferrolho em Santa Catarina
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Julio Cavalheiro/Secom -
Órgãos de segurança do Estado, com apoio de agentes do Paraná e do Rio Grande do Sul, fiscalizaram mais de 300 pontos de acesso ao território catarinense em ação inédita
A Polícia Militar de Santa Catarina, em parceria com outros órgãos de segurança, deflagrou nesta quinta-feira (1º) a Operação Ferrolho, com objetivo de fiscalizar todos os pontos acesso ao Estado. Foram mobilizados mais de 1.400 homens em ação inédita na América Latina para fechamento de fronteiras e divisas, por terra, água e ar. A operação teve caráter experimental: mapeou rotas de entrada de drogas e armas em Santa Catarina.
A operação iniciou às 6h e terminou às 18 horas. Durante este período, todos as entradas a Santa Catarina foram vistoriadas, "desde uma pinguela, um rio, até uma grande rodovia de acesso", disse o secretário de Estado da Segurança Pública, Alceu Pinto. A ação reuniu forças de segurança do Estado - PM, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal - e soldados do Paraná e do Rio Grande do Sul.
Os resultados da operação ainda serão divulgados. A PM informou, de modo preliminar, que foram apreendidos 8 kg de skank no Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, (que correspondem a cerca de R$ 250 mil) e um traficante com mandado de prisão foi detido, em Balneário Camboriú.
Divulgação/
O comandante-geral da Polícia Militar em Santa Catarina, coronel Araújo Gomes, disse que prisões e apreensões não eram o foco da Operação Ferrolho. Segundo ele, a ação teve como objetivo mensurar a necessidade de equipamentos e agentes, bem como o tempo gasto, para fechamento das fronteiras de Santa Catarina em casos específicos e, além disso, "mandar um recado para a criminalidade" da capacidade de atuação das forças de segurança.
Informações coletadas nesta operação vão ser utilizadas pela Polícia Civil para dar andamento ao combate ao tráfico. A partir de agora, os órgãos de segurança vão trabalhar com base nesses dados para efetuar operações específicas com foco em prisões e apreensões. A PM manteve as informações em sigilo.
"A operação é preventiva, serve para demonstrar a capacidade de proteger. E quando for necessário, teremos condições de atuar", disse o coronel. A inteligência da PM trabalhou mais de três meses mapeando áreas de entrada no Estado e, cada uma delas, foi fiscalizada por pelo menos dois agentes.
"Essa ação será um estudo de caso para outros estados", disse o secretário Alceu Pinto. Para ele, a ação desta quinta-feira é modelo para a federação, incluindo o Rio de Janeiro, de como atuar com estudo e inteligência contra a entrada de drogas e armas e no combate à criminalidade.
Números da Operação
-300 pontos de fiscalização
-3 meses de trabalho da inteligência da PM e PC
-1400 homens de SC, RS e PR
-412 viaturas
-5 aeronaves
-8kg de skank apreendidos
-uma pessoa presa
-30 mil identidades de cidadãos verificadas
-15 mil veículos verificados
-12h de fiscalização
Cabo morre durante Operação
Durante os trabalhos da Polícia Militar Ambiental, em Piratuba, no Oeste catarinense, faleceu o aluno-cabo Rafael Basus Massoco, de 37 anos. Ele estava com outros dois soldados em uma embarcação que afundou após colisão com uma pedra. Segundo a Polícia, os outros dois homens conseguiram nadar até a margem, mas Rafael acabou se afogando. O corpo já foi encontrado.
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