Família esclarece rumores sobre possível erro de vacinação em criança de Otacílio Costa
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null - Foto tirada pela responsável pela Vigilância Sanitária durante a inspeção.
Na tarde de quarta-feira, 31, a avó da criança procurou a Secretaria de Saúde e o Jornal Correio Otaciliense, para uma retratação pública sobre o caso.
A mãe do bebê em questão tem 16 anos. Neste caso a sua mãe Silvia Regina Assink Ferreira, 47 anos, fez questão de explicar o caso em nome da sua filha, juntamente com a Técnica em Enfermagem do caso, a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica e a Secretária de Saúde.
Conforme Silvia, sua filha contou a mesma história para ela, como chegou para os profissionais da saúde. "O bebê tinha acabado de tomar a vacina, então ela chegou pra mim dizendo que tinham quebrado a agulha na perna da criança e que tinham até chamado o médico para retirar, porém depois eu descobri que nem médico tinha na Unidade naquele horário. Ela criou tudo", explica a mãe abalada.
Silvia afirma que a filha fez duas vezes o raio-X na perna da criança e nada foi acusado. Para a família ela falou que a criança passaria por raspagem ou cirurgia para retirar a agulha. "Já aconteceram outras situações em que ela criou coisas e acreditou. Ela tem problemas psicológicos e toma medicamento para depressão e irá passar por um tratamento o quanto antes para que isso não volte a se repetir", definiu.
A técnica de enfermagem Sirlene Poluceno disse ter ficado muito abalada com a situação, pois uma inverdade poderia ter causado grandes transtornos profissionais, e afirmou que irá seguir com o Boletim de Ocorrência e com as ações judiciais sobre o caso.
Entenda o caso:
Na manhã de terça-feira, 30, surgiram especulações nas redes sociais sobre um possível erro de vacinação em Otacílio Costa. O fato, envolvendo uma criança de quatro meses, teria ocorrido na Unidade de Saúde Fátima 1, no bairro Fátima, em Otacílio Costa. Os rumores davam conta de que a criança, ao receber uma vacina, ficou com a agulha presa ao osso da perna.
Conforme a responsável pela sala de vacinas e técnica em enfermagem da Unidade de Saúde, Sirlene Poluceno, de fato foi recebida a mulher em questão com seu filho e a vacinação aconteceu como de costume. "Abri a seringa e expliquei todo o procedimento padrão para a mãe. Após isso, juntamente com outra técnica, vacinei a criança, a acalmamos e a mãe foi embora normalmente com seu filho", explica a técnica em enfermagem, qual salientou que nada de anormal aconteceu no ato e não entendeu o motivo das especulações.
Após os rumores, a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Elisangela Pereira, juntamente com a responsável pela Vigilância Sanitária, Daniela Lemos, fizeram um acompanhamento na Unidade de Saúde e tentaram entrar em contato com a família da criança.
"Realizamos uma inspeção na sala de vacinas. As seringas e agulhas utilizadas nos procedimentos daquela e de todas as unidades são registradas pela ANVISA com autorização do Ministério da Saúde, sendo que as mesmas estão dentro do prazo de validade", descreve Daniela, destacando que a Vigilância Sanitária está acompanhando o caso.
A Coordenadora de Vigilância Epidemiológica descreve que foi até a família da criança para esclarecer essa situação e a mãe não foi encontrada, porém a avó da criança afirmou que a família possui um Raio X comprovando a agulha na perna do bebê.
A Secretária de Saúde, Dorozéti Luiz de Lima, juntamente com os outros responsáveis já supracitados marcaram uma reunião com a mãe da criança na tarde desta terça-feira, 30, porém ninguém apareceu. A Secretária destacou que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Otacílio Costa e estaria levando a questão para o Ministério Público.
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