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Autoridades descartam falta de medicamentos a curto prazo

  • Mauricio Vieira/Secom -

A projeção é de que há insumos suficientes para, pelo menos, os próximos 15 dias, mas alertam que é necessário reduzir o nível de contágio para não prejudicar o atendimento.

Gestores do sistema público e particular de saúde de Santa Catarina consideram que não haverá falta de estoque de medicamentos e oxigênio a curto prazo no Estado, apesar do alto consumo provocado pelo aumento de pacientes com Covid-19 ingressando nos hospitais. A projeção é de que há insumos suficientes para, pelo menos, os próximos 15 dias, mas alertam que é necessário reduzir o nível de contágio para não prejudicar o atendimento.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem feito alertas às unidades próprias e conveniadas para suplementação de contratos de fornecimento e atenção aos estoques. Segundo um técnico da pasta, a SES tem estoques e conseguiria até auxiliar algum hospital, em caso de necessidade.  

Mesmo assim, o alto do consumo de medicamentos e oxigênio por várias semanas seguidas pode agravar a situação. "Pode ocorrer o desabastecimento de alguns insumos, principalmente de alguns medicamentos que são utilizados, o dito kit intubação", disse. "O consumo de oxigênio aumentou muito durante a pandemia. Além disso, há sobrecarga de equipes e dificuldade com relação a contratação de profissionais", acrescenta.  

A pasta estuda também uma suplementação global no contrato de oxigênio para a rede estadual ou até uma dispensa de licitação. Desde o início da pandemia, a Secretaria já fez pelo menos dois aditivos.  

Na rede filantrópica a situação é semelhante. "Nós fizemos um levantamento com todos os hospitais pedindo como estava a previsão de estoque e a maioria respondeu que já estão com estoque para os próximos 15 ou 20 dias. Porém a preocupação é que a demanda está aumentando muito e aí a gente pode perder o controle", afirmou a presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicos (Fehosc), Irmã Neusa Lúcio Luiz. 

Outro problema é o preço dos insumos, principalmente os sedativos. O Propofol, anestésico para uso em UTI, encareceu 153% em 12 meses, passando de R$ 7,10 a unidade para R$ 18. Outro medicamento usado em UTI, o Tracur, teve aumento de preço de 133% no período: passou de R$ 12 para R$ 28 a unidade.  

Segundo Irmã Neusa, esse aumento de custos faz com que os hospitais atuem em déficit financeiro, apesar da SES repassar o teto da política hospitalar contratualizada. Isso porque, além do preço, cresceu também o consumo. O Hospital São Paulo, de Xanxerê, por exemplo, consumia 83 caixas de Tracur por mês antes da pandemia. Agora, são 3 mil.  

O aumento de preços atinge também outros itens dos hospitais, como materiais. A unidade dobrou o uso de luvas descartáveis, que quintuplicaram de preço. Os aventais descartáveis de TNT também dobraram de preço, mas o consumo mensal passou de 400 para 20 mil. 

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