Edição -148

Otacílio Costa não irá além da lei na Educação Se em Lages os profissionais em educação querem o pagamento de 7,97% de reajuste referente à atualização do piso nacional para toda categoria, do lado de cá do rio Canoas a bronca é outra. Professores contratados reivindicam os 33% de reajuste no escalonamento aos ACTs. Ocorre que tal percentual chega aos efetivos, dentro do plano de carreira. E os contratados têm que se contentar com o piso nacional de R$ 1.567,00. Segundo a Secretária da Educação, Eliane Coelho de Souza Pereira, aquilo que gera insatisfação dos professores contratados não é uma invenção da atual administração. “Foi aprovada lei em abril do ano passado, prevendo que os contratados receberiam o piso nacional, sem os 33%. Estamos cumprindo essa lei”, pondera. Professora de carreira, a secretária Eliane argumenta que um passivo herdado é o maior problema para que a área pense diferente em relação ao magistério. A Secretária informou aos professores que recebeu para dialogar que ‘salário não é só o líquido’. Ela se refere aos encargos que não eram recolhidos com regularidade. “Há uma dívida de R$ 1,3 milhão com o IPAM e INSS por conta de contribuições previdenciárias não recolhidas. Pagar salário sem depositar encargos é uma irresponsabilidade que não vamos proceder”. Nesta quinta-feira, 18, a Secretária da Educação estará na Câmara de Vereadores atendendo convocação. “Temos números reais sobre o setor. Como integrante do magistério a ideia é valorizar a categoria. Mas a realidade atual impede que avancemos além daquilo que a própria lei prevê”.

SAÚDE EM OTACÍLIO – Pense em alguém mergulhado na peleia diária. O vice e secretário Silvano Cardoso tem se esforçado nesse sentido. Interessante a questão relacionada ao número de médicos. Se alguns municípios (Correia Pinto aqui do lado é exemplo) penam pela falta de mais profissionais, a Secretaria da Saúde conta com 11 médicos atuando. “E com um diferencial. Digo onde está trabalhando cada um deles neste momento”, relata Silvano, enquanto cita o nome dos doutores e indica seus locais de trabalho. Esse controle, garanto, é coisa que não acontece em qualquer município.

SAÚDE EM BOCAINA – Reside impasse explicável no Hospital São José de Bocaina. Explicável, mas que requer providências. A emergência da referida instituição está temporariamente fechada. Até ano passado a prefeitura administrava a emergência e a sociedade proprietária respondia pelo atendimento da parte de saúde mental. Ocorre que o atendimento de saúde mental não é deficitário, ao contrário da emergência que depende do município porque a tabela SUS é uma vergonha. Independente dessa questão, o indispensável é que a emergência volte a funcionar para atender os casos de maior urgência, sem precisar de deslocamento (de 30 km) para Lages. Coisa para o prefeito Schmuler administrar e resolver.

AINDA BOCAINA – Uma verdadeira guerra particular se trava em Bocaina do Sul. O município tem um posto de combustível e há outros dois encaminhados para serem construídos às margens da BR-282. Mas o assunto saiu da esfera do comércio varejista de combustível e entrou no campo da política.

CASÓRIO *–* Neste mês o PSB de Lages estará fazendo um alvoroço para receber em suas fileiras o otaciliense Polaco. A sigla o quer para concorrer a deputado. E ele também quer. E quando dois querem, dá casamento! Legenda: Polaco obteve 6.998 votos em 2006. Oito anos depois no PSB ele quer ir além.

DE OLHO – Bancada do PT pediu fotocópias de diárias e locações de carros dos últimos dois anos na Câmara de Otacílio Costa. Indícios de irregularidade? Só pode. Do contrário não haveria tal pedido.

Que tal o ‘efeito Tarzan’ em Otacílio? Numa eleição que não tão longe vai, joaquinenses de todos os rincões votaram maciçamente em Sandro Tarzan para deputado estadual. O xiru saiu de São Joaquim praticamente eleito. E assim o município não tão expressivo em quantidade de eleitores elegeu um vivente dos seus para representa-lo na Assembleia Legislativa. Otacílio Costa teria oportunidade de fazer algo parecido ano que vem. Teria, mas não terá. É que os votos locais, além de agradar candidatos de fora e de outras siglas, serão divididos entre Polaco (PTB) e Edson Passold. Este último me disse que concorrerá a deputado. Falta apenas definir o partido. Portanto, não será desta feita que teremos o ‘efeito Tarzan’ em Otacílio.

PACTO NA TEORIA – Ainda não estão ‘bufando’ as máquinas que deveriam acelerar o Pacto por SC na Serra Catarinense. Para o otaciliense ter ideia de como andam as obras do Estado na região, a mais adiantada, entre as anunciadas, é a perimetral Eraldo Merlin que dará acesso asfaltado à Klabin pelo bairro Igaras. Portanto, falta aceleramento no Pacto já que dentro de um ano só se falará em eleição estadual e a ‘colheita’ das ações do Pacto.

TRATORADA – Gabriel Ribeiro que já desfila como pré-candidato do PSD à Assembleia Legislativa por Lages e seu entorno, conta com 1.500 votos oriundos de Otacílio Costa. Tarefa para Pindaco e elenco do partido do governador resolver!

UNS DEDOS DE PROSA

Com Denilson Padilha que administrou Otacílio Costa até 31 de dezembro de 2013
CO – Como recebeu a declaração de dona Lili (proprietária da Brandili) de que não conseguia conversar com o senhor quando prefeito?
Denilson: Quero te dizer que no mesmo momento que vi a matéria fiquei extremamente indignado e chateado.

CO – Que providências tomou?

Denilson – Fiz contato com a matriz da empresa em Apiuna. Tratei do assunto com Iracema Von Gilsa (Chefe de RH) com a qual conversei inúmeras vezes assuntos de interesses comuns entre município e empresa.

Correio – Houve fundamento na declaração?

Denilson – Desde as primeiras conversações em abril de 2009 visando a instalação da empresa, depois o anúncio oficial da vinda da filial para Otacílio Costa, passando pelo cadastramento de pessoal, treinamento do Senai, doação do terreno, obras físicas... Enfim, em todos os momentos estivemos presentes não deixando jamais a empresa sem
atenção da Prefeitura.

CO – O significado dessa empresa para o município?

Denilson - A Brandili representa muito para Otacílio Costa pelo ramo de atividade em que atua, pela importância social, pelos empregos gerados para a mão de obra feminina. Quiçá outros municípios tivessem o privilégio de ter uma empresa do porte da Brandili.

Correio – Mas o assunto foi superado?

Denilson - Recebi a carta ressaltando a solicitude com que nossa equipe administrativa sempre recebeu a empresa. Dona Lili Brandes, com a cordialidade e educação que lhe são peculiares, em poucas linhas desfez o mal entendido, porém nos levou a um questionamento: Quem se manifestou em seu nome então?

Correio – E quem foi?

Denilson – Sabemos que não foi o Jornal Correio Otaciliense e nem a Assessoria de Imprensa da Prefeitura. Alguém da filial usou ardilosamente do nome da Dona Lili para
subscrever tais palavras. Imagino quem tenha sido. Infelizmente existe cunho político partidário.

Correio – O senhor reagiu...

Denilson – Não posso admitir alguém usar o nome de quem quer que seja para desprestigiar alguém. Ainda mais em nome da Brandili, uma das maiores empresas do setor têxtil voltada à moda infantil.