COSUD SC: Jorginho Mello abre a 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste |
ERRO DA JUSTIÇA
Honrado chefe de família otaciliense é acusado de crime bárbaro no Paraná
Que o Senhor Luiz Granemann, morador do bairro Fátima, é um honrado chefe de família, um religioso convicto e um cidadão exemplar, ninguém duvida disso em Otacílio Costa. Mas um erro judicial absurdo virou tudo ao avesso e agora ele responde a uma acusação gravíssima na Comarca de Campo Largo, no Paraná, onde chegou a ser decretada sua prisão preventiva. Ele é acusado de matar covardemente um homem, ferir outro e sequestrar um terceiro para fugir. Luiz Granemann foi vítima de uma ação inescrupulosa da Justiça.
O CRIME
No dia 13/06/2002, um homem armado com dois revólveres entrou numa oficina mecânica, naquela cidade a 40km de Curitiba, e começou a disparar. Matou um, feriu outro, sequestrou um terceiro e fugiu. Na delegacia, os sobreviventes e outras testemunhas o identificaram primeiro como Luiz Kondeman, depois como LUIZ GRAMEMANN. Foi citado por edital, já que nunca foi localizado, e por isso foi decretada sua prisão preventiva.
O ERRO
Segundo João Carlos Matias, advogado do otaciliense Luiz, em junho de 2013, o Promotor Público, na tentativa de localizar o assassino, digitou seu nome no cadastro do INFOSEG-Serviço Nacional de Segurança Pública. Só que ao invés de digitar Luiz GRAMEMANN, digitou Luiz GRANEMANN, ou seja, trocou o M pelo N, com o que apareceu o número do título de eleitor que, colocado no site do Tribunal Regional Eleitoral do PR, acabou por apontar o nome do Luiz Granemann, sua filiação, data de nascimento e endereço.
O PROCESSO E A ACUSAÇÃO
Em novembro de 2013, a esposa do senhor Luiz, Hilma Mohr Graneman, foi surpreendida com um oficial de Justiça na sua casa, dizendo que era para seu marido ir até o fórum. Quando soube do assunto, disse que seu marido não poderia se incomodar, porque recém havia sofrido um infarto. Foi aconselhada a procurar um advogado, porque o caso parecia ser mesmo grave. De fato, segundo João Matias, seu cliente está sendo acusado de homicídio qualificado por surpresa de forma a impossibilitar a defesa da vítima; de tentativa de homicídio contra outra pessoa, na mesma oportunidade, também qualificado pela surpresa; e de sequestro de um terceiro homem para possibilitar sua fuga. No entanto, o verdadeiro criminoso já foi identificado como residente no bairro Botiatuva, em Campo Largo, Paraná, onde tinha uma mercearia e era conhecido como violento, especialmente quando bêbado. Seu apelido era Santo Cristo.
SITUAÇÃO PESSOAL DO NOSSO LUIZ GRANEMANN
Cidadão pacato, Luiz Granemann nasceu em Rancho de Tábua, Lages. Aos 17 anos veio Otacílio Costa para trabalhar como servente de pedreiro. Em 1979, começou a trabalhar na Olinkraft, como auxiliar de escritório, no setor de balança. Deixou o emprego em 26/12/90, ficou em auxílio-doença até se aposentar em 1995, devido a seus problemas de coluna (reumatismo espondelite anquilosante, uma espécie de reumatismo que ´cola´ as juntas da coluna, deixa o corpo sem mobilidade e a pessoa não consegue dobrar ou mover o pescoço e a cabeça). Em 2013, sofreu infarto e foi submetido a cateterismo e angioplastia com o implante de dois stents. Saiu de Santa Catarina em apenas duas oportunidades: em meados da década de 80, para ao Santuário de Aparecida do Norte, em SP, e, logo em seguida, para Curitiba devido ao problema do reumatismo, ficando internado cinco dias no Hospital N.Sra. das Graças. Nunca esteve em Campo Largo.
VIDA FAMILIAR E RELIGIOSA
Luiz Granemann tem uma filha, Rita, já casada, e quatro enteados oriundos do primeiro casamento de sua esposa Hilma Mohr Granemann. É homem de forte vinculação com a religião cristã. Tanto que no dia dos crimes de que foi acusado, 13 de junho de 2002, ele estava aqui em Otacílio Costa (mais de 340 km de Campo Largo). Prova disso é que consta a assinatura dele no documento RELATÓRIO ESTATÍSTICO E FINANCEIRO DE CULTO, da Igreja do Evangelho Quadrangular de Otacílio Costa, datado de 13/06/2002.
ISSO PODE VIRAR ROTINA
João Carlos Matias diz que depois desse caso, outro cidadão otaciliense, J.C.da C., descobriu que está sendo processado pela 2ª Vara Criminal de Florianópolis, como sendo um morador de rua que, na companhia de um irmão, teria praticado um furto em uma mercearia em 2008. Só que este cidadão nunca foi morador de rua, nunca havia estado em Florianópolis antes de 2011 e é caminhoneiro (cargas especiais) há muitos anos. Já perdeu dois empregos por causa desse processo absurdo, já que também foi identificado imprudentemente através desses sistemas que armazenam dados dos cidadãos brasileiros (tribunais eleitorais, sistemas de segurança etc).
Tanto este cidadão como o Senhor Luiz Granemann processarão o Estado por danos patrimoniais e morais
Deixe seu comentário