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Em Chapecó, por exemplo, a taxa de elucidação está em 100% há pelo menos três anos.
A Polícia Civil de Santa Catarina deve aumentar, em 2020, a taxa de elucidação de homicídios, segundo projeção do setor. O Estado vem numa crescente, passando de 63%, em 2017, para 73%, em 2019. A expectativa é de que a resolução de casos chegue a 75% neste ano.
O aumento da eficiência está acompanhado da redução no número de mortes violentas. Entre janeiro e novembro de 2020, por exemplo, foram 597 assassinatos registrados. Em 2017, neste mesmo período, eram 843.
Caso Santa Catarina alcance a marca de 75% de resolubilidade nos crimes, deverá permanecer nas primeiras posições do ranking nacional. Pelos dados de 2017 (os últimos analisados nacionalmente), o Estado é o terceiro, atrás de Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, mas está muito à frente de estados como São Paulo (54%), Mato Grosso (40%), Pernambuco (21%), e Rio de Janeiro (11%).
"Esses números só comprovam a eficácia do trabalho investigativo da Polícia Civil na elucidação da autoria dos homicídios ocorridos no Estado", disse o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Koerich.
Em Chapecó, por exemplo, a taxa de elucidação está em 100% há pelo menos três anos. "Os policiais são dedicados, comprometidos, e isso ajuda muito. [...] Além disso, sempre tem uma equipe no local, então a investigação começa desde cedo, no sentido de que nenhum vestígio, nenhum elemento se perca", disse o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) na cidade, Tiago Papini.
Segundo ele, a maior parte dos homicídios estão ligados ao mercado de tráfico de drogas e são praticados com arma de fogo. Um fator preocupante, diz, é que os assassinatos estão ficando mais complexos, mais planejados, o que dificulta as investigações.
Para isso, o reforço do quadro é um ponto fundamental. "A reposição do efetivo é algo que a Polícia Civil busca muito. Temos escrivães e agentes aguardando nomeação. Hoje, conseguimos fazer um trabalho a contento, mas é realizando horas extras, trabalhando acima da média normal", acrescentou.
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