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Caso Paulo Cesar foi esclarecido pela Polícia Civil de Otacílio Costa
Após três meses de mistério, o caso Paulo César Pereira teve uma resposta na última semana. Ele não sumiu de casa, não estava em Lages e em nenhum outro lugar, como se imaginou ao longo do tempo. Após uma intensa investigação, a Polícia Civil de Otacílio Costa chegou à elucidação dos fatos. Lucas dos Santos Sales, 19, e dois adolescentes que não tiveram a identidade divulgada por serem menores de idade, são acusados de terem tirado a vida do adolescente a facadas.
De acordo com o delegado, Raphael Barbosa, responsável pelo caso, o adolescente morto assim como os suspeitos eram usuários de drogas. No dia do homicídio, conforme Raphael, a vítima foi até o local com a intenção de fazer o uso de drogas e foi surpreendido por pelo menos três golpes de faca. “O motivo principal do crime foi uma divida de R$ 100 reais que Paulo teria com Lucas”, explica o delegado. O corpo do jovem foi jogado em um córrego próximo ao Rio Canoas.
Segundo ainda Barbosa, a ação resultou no esclarecimento do crime de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante traição, meio cruel e com recurso impossível de defesa para a vítima, além de ocultação de cadáver, com a utilização de arma branca, faca, que ceifou a vida do menino.
O delegado explica que a arma utilizada no crime estava enterrada no pátio do trabalho de um dos suspeitos. ”É importante destacar que os investigados foram interrogados, qualificados e pregressados na forma da lei e assumiram a execução do homicídio e a ocultação de cadáver”, ponderou o delegado. Dois dos suspeitos foram presos em suas residências e outro no local de trabalho, ambos em Otacílio Costa.
Os adolescentes investigados foram postos na Unidade CASEP, um em Lages e outro em Curitibanos, já Lucas foi apresentado no Presídio Regional de Lages, onde devem permanecer à disposição da Justiça.
Raphael diz que a polícia chegou à evidência do crime depois de uma série de diligências investigativas, um dos fatores foi o fato de os envolvidos no caso serem todos usuários de drogas e ter uma ligação muito próxima.
O delegado avalia que a pena de Lucas deve variar entre doze a trinta anos.
Raphael agradece ao empenho de todos os setores que se empenham para esclarecer o fato.
Dona Lenésia aguarda para poder sepultar o neto
A avó de Paulo, Lenésia de Carvallho Pires, 65 anos, ainda aguarda a liberação do corpo do neto, pelo Instituto Médico Legal – IML, para poder realizar o sepultamento. “A polícia me informou que a conclusão do laudo deve sair daqui um mês. Enquanto isso a gente fica ainda na angústia”, pronunciou Lenésia.
Ela diz que apesar da triste notícia, está mais conformada por saber o que aconteceu com o neto. “Não era essa a resposta que eu queria ter. Mas ao menos já sei o que aconteceu com o meu neto”, lamentou.
Supostos criminosos eram amigos de Paulo
Dona Lenésia diz que não imaginava que os supostos autores da morte de Paulo, fossem capazes de tirar a vida do menino. “Esse Lucas não saia aqui da minha casa, tomando café, jogando videogame com o meu neto. Não consigo entender como que ele teve coragem de tirar a vida de um amigo”, lastimou a idosa.
Ela implora por justiça. “Espero que a justiça seja feita, e esses criminosos paguem pelo crime cruel que cometeram”, concluiu.
Paulo Cesar desapareceu na noite de 26 de maio, quando disse a avó que iria participar de um encontro de jovens na Igreja Assembleia de Deus. A ossada do menino foi encontrada no mês passado, em uma chácara dentro do perímetro urbano de Otacílio Costa.
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