Santa Catarina alcança melhor desempenho do ano na exportação de carnes |
Boletim epidemiológico aponta aumento de casos de febre de chikungunya em Santa Catarina
O número de focos do mosquito Aedes Aegypti vem crescendo em Santa Catarina. Nos últimos 15 dias, 121 novos focos foram identificados no estado, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Dive/SES), em comparação com o boletim anterior.
No total, 8.147 focos foram identificados em 137 municípios neste ano, o que significa um volume 25% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. "Desses, 60 municípios são considerados infestados, o que aumenta o risco de transmissão, tanto nesses quanto nos demais, em função do trânsito de pessoas e da dispersão do mosquito transmissor", alerta João Fuck, coordenador do Programa de Controle da Dengue em Santa Catarina.
Das três doenças transmitidas pelo mosquito - dengue, febre do zika vírus e febre de chikungunya - essa última é a que vem apresentando o maior número de casos. De 1 de janeiro a 29 de julho, conforme o boletim epidemiológico, 27 casos de febre de chikungunya foram confirmados, sendo 25 importados, com local de infecção nos estados da Bahia, Ceará, Espirito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Roraima. Outros dois casos confirmados estão em investigação de local provável de infecção. Trinta e um casos permanecem como suspeitos, aguardando resultado laboratorial.
Em relação às demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, foram confirmados dez casos de dengue, sendo seis importados, um autóctone, um indeterminado e dois em investigação de local provável de infecção; e um caso de febre de zika vírus, importado. Na comparação com o boletim epidemiológico anterior, foram três novos casos de febre de chikungunya e um de dengue.
Febre de chikungunya
Os primeiros casos de febre de chikungunya foram detectados no Brasil em 2014. Desde então, até a Semana Epidemiológica (SE) 19 (01/01/2017 - 13/05/2017), foram confirmados 28.225 casos da doença, com maior concentração na região Nordeste do país. Entre os estados, destacam-se Ceará, Roraima e Tocantins.
Nesse mesmo período, foram confirmados, laboratorialmente, 13 óbitos por febre de chikungunya, ocorridos nos estados do Pará, Ceará, Tocantins, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e em São Paulo. Em Santa Catarina, o primeiro caso autóctone da doença foi registrado no ano de 2015, no município de Itajaí.
A febre de chikungunya pode se apresentar sob a forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir a uma doença crônica, caracterizada pela persistência dos sintomas, principalmente dor articular, musculoesquelética e neuropática, sendo essa última muito frequente nessa fase. A prevalência da fase crônica é bastante variável, podendo atingir mais da metade dos pacientes.
Pessoas com febre de início súbito, maior que 38,5°C, e artralgia ou artrite intensa de início agudo, não explicado por outras condições, devem tomar muita água, não se automedicar e procurar uma Unidade de Saúde.
Deixe seu comentário