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Cirurgia robótica reduz em 57% o tempo de internação dos pacientes

Estudos recentes demonstram que pacientes que realizaram cirurgia assistida por robô também reduziram a chance de reinternação pela metade

O tempo para a alta hospitalar de pacientes reduz 57% quando a cirurgia é feita com robôs. A permanência no hospital após o procedimento costuma ser inferior a três dias e não mais de uma semana, como exigem algumas das cirurgias convencionais.

Os benefícios comprovados em utilizar robôs na realização das cirurgias gerou um crescimento de 118% no número de robôs cirúrgicos à disposição no país. Conforme reportagem do jornal Estadão, em 2018 havia 51 robôs no Brasil. Em 2023, esse número subiu para 111.

Muito diferente do que é retratado pelos filmes de ficção científica, o robô não opera pacientes sozinho, é o médico cirurgião certificado na tecnologia o responsável por dar os comandos que o robô deve executar. 

O médico especialista em cirurgia intestinal e colorretal minimamente invasiva, Gustavo Becker, é um dos principais profissionais do país que realiza cirurgias com o robô de nome Versius. “[Este robô] É o sistema mais moderno que existe para intervenções de alta precisão. Isso implica um enorme avanço para as cirurgias minimamente invasivas”, afirma.

Segundo Becker, a tecnologia aplicada ao centro cirúrgico, por suas características, ajuda não só no tratamento dos pacientes, como também contribui para reduzir significativamente o estresse físico e mental da equipe médica, “além de capturar um universo de dados para a proteção do paciente, melhorar a qualidade do atendimento e do processo cirúrgico”.

O médico integra a segunda equipe do país a utilizar o Versius em procedimentos cirúrgicos e está constantemente envolvido em cursos e treinamentos de cirurgia robótica no Brasil e no Exterior. Nos dias 29 e 30 de maio, participará como professor convidado do 46º Congresso do Equador de Cirurgia que ocorre em Quito. “É uma oportunidade para compartilhar conhecimento e experiência sobre o que há de mais atual no tratamento do câncer colorretal”, diz.

Estudos comprovam benefícios da cirurgia robótica

A comunidade médica e científica acompanha os resultados do uso da tecnologia em centros cirúrgicos desde antes do  primeiro uso documentado de um procedimento cirúrgico assistido por robô, registrado em 1985. O PUMA 560, um braço robótico, foi utilizado para orientar uma agulha durante uma biópsia cerebral.

Um dos estudos mais recentes, publicado em 2022 no periódico científico Journal of the American Medical Association, comprovou que pacientes com câncer de bexiga que realizaram cirurgia assistida por robô reduziram a chance de reinternação pela metade (52%), quando comparada com pacientes que fizeram cirurgia aberta (tradicional). 

Robôs como o Versius aumentam o nível de precisão cirúrgica, diminuem o risco de complicações e sequelas, e permitem uma recuperação mais rápida. Além disso, o paciente em recuperação sente menos dor, tem menor possibilidade de sangramento no pós-cirúrgico e também durante o procedimento. O tempo menor de internação também é vantajoso para os hospitais.

Como é feita a cirurgia com robôs

A cirurgia robótica é frequentemente usada para preservar tecido saudável em procedimentos cirúrgicos, minimizando o trauma e permitindo que o cirurgião execute movimentos precisos. 

Os braços do robô são modulares e obedecem aos comandos enviados pelo cirurgião a partir de um console. A condução dos movimentos é feita por meio de joysticks. Cada passo é acompanhado em uma tela 3D de alta definição que pode ser visualizada por toda a equipe médica, o que facilita a comunicação da equipe no centro cirúrgico.

Com todos esses recursos, o robô pode fazer procedimentos complexos em função da maior amplitude de movimento e até da correção de tremores. Esse é, inclusive, um dos motivos para haver menor risco de lesões, diminuição do tempo de permanência na sala de cirurgia e uma recuperação mais rápida. “Ou seja, a robótica realmente se tornou uma aliada no tratamento de doenças e se consolida como a técnica com maior futuro no mundo da medicina”, conclui o médico especialista em cirurgia intestinal e colorretal minimamente invasiva, Gustavo Becker.


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