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Sem preconceito na hora da prevenção

Sem preconceito na hora da prevenção

Avô do Ethan, Cecília e Ayla, e pai da Janaína, Mariana e Ana Clara, o otaciliense Edson Pasold, ao lado da esposa Dolores e de seus pais, tem encarado o maior desafio dos seus 55 anos de vida, desde que descobriu o diagnóstico de câncer de próstata. Neste mês, o país muda de cor para campanha Novembro Azul e o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Otacílio Costa e Palmeira chama atenção para necessidade de quebra de preconceito com exames, que podem auxiliar a comunidade masculina a vencer o segundo tipo de câncer mais incidente em homens no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Pasold relata que sempre foi uma pessoa que cuidou da saúde mantendo seus exames em dia. “Todo ano faço exames de rotina, inclusive os últimos tinham sido em dezembro do ano passado, quando nada se apresentou. Na metade deste ano senti anormalidade na hora de urinar e me preocupei e fui procurar recurso. No primeiro exame com o urologista o câncer de próstata já foi constatado e pude iniciar tratamento”, relata, ainda, que a doença o atingiu de maneira diferenciada e agressiva.

Em 30 de agosto o otaciliense passou por cirurgia e desde então, segue em tratamento com quimioterapia oral, injetável e radioterapia. “São três processos muito agressivos, porque a doença é muito agressiva também. A cada 38 minutos morre um homem no Brasil de câncer de próstata e mesmo assim, ainda é tabu falar sobre exame de toque. O de sangue é importante, mas no toque é possível descobrir anormalidades e salvar sua vida. Está na hora de mudar essa cultura e aumentar a conscientização.”, reforça Edson.

Há 35 anos como funcionário público, ele foi vereador por quatro mandatos, três vezes presidente do Legislativo e chegou a ser prefeito por 12 dias, realizando um de seus sonhos. “Receber esse diagnóstico não é fácil e no começo, tentei de tudo para esconder, mas como sou figura pública, não consegui esconder por muito tempo, mas hoje, prefiro falar abertamente sobre o assunto, para que meu testemunho possa ajudar alguém e que mais homens se conscientizem dos riscos de não fazer seus exames”, relata.

Família e fé

“Em nenhum momento fiquei triste ou chateado com Deus, ainda agradeço, porque se Ele me deu essa doença, é porque eu poderia suportar isso e acharia formas de poder melhor até meu próprio entendimento com Ele”, assim explica Pasold sobre as reações que teve ao descobrir o diagnóstico. Ele destaca que desde que passou a falar a respeito da doença, tem recebido apoio em todos os lugares em que passa e isso tem o fortalecido. “A maior doença do mundo se chama solidão, ela mata. A doença se faz tratamento e prolonga a vida, mas a solidão mata, então não seja solitário”, destaca.

Para quem está passando por tratamento, Edson aconselha que se viva o momento. “Todos sabemos que vamos passar por várias provações e fadigas na vida, mas ninguém está preparado para enfermidade. Tem que ter muita fé. Deus tem que te dar a graça da fé para enfrentar essas barreiras. A fé, minha vontade de viver, de estar com meus netos, minhas filhas, meus pais, minha esposa e amigos, tem me fortalecido”, relata.

Futuro político

Presidente do Podemos, Pasold adianta que o partido estará no pleito do ano que vem e que aguarda o fim do seu tratamento, previsto para fevereiro, para oficializar seu futuro político em Otacílio Costa. “Tive o privilégio de receber a visita e votos de melhora de todos os ex-prefeitos da cidade, além de vereadores e pessoas com quem tive processos políticos ferrenhos e isso para mim é muito gratificante. Os políticos passam, o município fica, e ter apoio nesse momento tem mostrado que vale a pena lutar pelo que se acredita e respeitar sempre as pessoas”, conclui Edson, que continua todos os dias com suas funções no sindicato.

FOTO: edson

Aos 55 anos Edson Pasold tem enfrentado o diagnóstico de câncer de próstata

RUBIANE LIMA

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