Promotora de justiça quer trabalhar ao lado da comunidade de Otacílio Costa |

Silenciei-me ao resultado do Prêmio Adjori 2025, apresentado em agosto, na cidade de São José, em um evento com a presença de cerca de 40 jornais associados à Associação dos Jornais do Interior. Estive lá, junto do meu esposo, José Eduardo e meus dois filhos, José Eduardo e Heloísa e pude presenciar a emoção do meu colega Robson Ribeiro, em ganhar um prêmio ou uma pena.
Acontece que, em 2024, fui para o prêmio grávida de 5 meses, e com a expectativa de voltar com um prêmio em mãos, e não foi assim. Trabalhei duro em 2023, pesquisei, planejei e participei de todas as categorias. O resultado: pela primeira vez ficamos no top 10 nas três categorias: Jornalismo impresso, Jornalismo Online e Publicidade e Propaganda. Também fomos finalistas em 10 categorias, recebendo menções honrosas pelo feito.
Pois bem, os hormônios da grávida de 5 meses afloraram: “Como não ganhei nada?”, pensava eu, com as lágrimas escorrendo em meu rosto, como se eu tivesse decepcionado a mim mesma, a minha equipe e meu pai, que já ganhou três penas e alguns prêmios.
Pois bem, olhei para meu filho de 3 anos que estava comigo e para minha filha, que estava em meu ventre e me acalmei: meu prêmio são eles.
O prêmio de 2025 foi diferente, o material inscrito era referente ao ano de 2024. Tinha bastante conteúdo, mas nada planejado para ganhar o prêmio. Tinha esperança de trazer um troféu com o conteúdo dos meus colunistas, que pensam e escrevem ‘fora da caixa’.
Mas nada, parece até que nem fui inscrita no prêmio, pois não se ouviu falar no Correio Otaciliense naquela noite. Jantei e fui para o quarto com minha família, já era tarde, e as crianças precisavam dormir.
No silêncio de todos dormindo, eu não parava de pensar: ‘onde foi que eu errei?’. Acontece que não errei. Eu apenas não produzi conteúdo para concorrer ao prêmio.
E é isso que basta, para você ganhar o prêmio, basta você produzir, material para concorrer ao prêmio. É assim que se ganha, pois ‘prêmio só vem se você tiver disposto a ganhar’, e não importa o trabalho que você fez em todas as edições do ano, apenas a que você produziu para ele.
Então... Os meus últimos anos têm sido exclusivos à maternidade. Prefiro continuar errando com o jornal, em não ganhar um prêmio, do que errar sendo mãe, pois é assim que boas mães são, e só é difícil aceitar tudo isso, porque sou uma boa mãe. E eu aceito isso, com todo meu orgulho e amor pelos meus filhos.
O que uma jovem como eu, 30 anos, pode se importar mais do que meus pequenos? É uma escolha minha, e uma fase, que logo passa. No momento, meus prêmios são meus filhos, meu prêmio é acordar com o nariz colado no narizinho deles, é poder receber abraços e sorrisos sem precisar dar nada em troca, é receber força e um amor que não se explica...
E essa é minha escolha. Qual a sua?
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