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Gamavi terá safra recorde de trigo esse ano
Em uma área plantada de aproximadamente 300 ha, a empresa Gamavi dever colher esse ano em torno de 21 mil sacas de 60 kg de trigo. Em relação às safras anteriores, a expectativa é obter um aumento na produção, atingindo uma produtividade de 4.200 kg/ha. A colheita do cereal acontece no mês de dezembro.
De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor técnico da Gamavi, Jairo de Souza Pereira, 73 anos, o principal motivo da maior produtividade, em 2022, foi o aumento da área plantada.
“Em relação à safra passada, aumentamos a área plantada em 20%, pois tínhamos a necessidade em colher uma safra de inverno para aumentar a lucratividade das áreas disponíveis”, salientou o profissional.
A comercialização, conforme ele, será feita com moinhos de trigo do estado de Santa Catarina. Atualmente o trigo está sendo cotado no mercado a R$ 105 reais o saco de 60 kg.
Tradição na cultura do trigo
O empresário Archimedes Gois, 52 anos, proprietário da empresa Gamavi, tem tradição no cultivo trigo. Ele produz o cereal há mais de 20 anos na cidade de Campos Novos. Aqui em Otacílio Costa é a terceira safra que está cultivando o produto.
“Começamos a plantar trigo em Otacílio Costa pela necessidade de diluirmos custos de lavoura e pela necessidade, também, de diluirmos riscos da atividade, porque antes do plantio do trigo tínhamos apenas uma receita anual que era as lavouras de verão, com o trigo melhorou o fluxo de caixa com a entrada dos recursos provenientes da venda do produto”, afirmou Archimedes.
Além disso, segundo ele, existia mão de obra disponível, terra disponível e máquinas e equipamentos agrícolas ociosos que necessitavam diluir os custos fixos anuais.
“Os ganhos agronômicos são muito bons, tais como rotação de culturas para controle de pragas e doenças nas lavouras, o aumento da fertilidade do solo, tanto nos fatores físico, químico, biológico, e também controle da erosão”, destacou ele.
Arquimedes realiza o processo de plantio e colheita se utilizando de equipamentos agrários, necessitando apenas da terceirização para o transporte da colheita de trigo até a unidade de armazenamento.
Dificuldades enfrentadas
De acordo com o engenheiro agrônomo Jairo de Souza Pereira, as dificuldades para implantação da lavoura de trigo foi com o aumento do preço de insumos, tais como fertilizantes – por causa da guerra na Ucrânia – defensivos agrícolas – por causa da pandemia de COVID – falta de crédito rural e taxa de juros do mercado.
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