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Livro aborda a migração de haitianas em Santa Catarina
Por iniciativa da deputada Luciane Carminatti (PT), a Assembleia Legislativa sediou na tarde desta terça-feira (25) o lançamento do livro “Maternidade política e reunificação familiar de haitianas em Santa Catarina”, da pesquisadora Fernanda Ely Borba.
A autora da obra conta que tomou conhecimento das dificuldades encontradas pelas migrantes haitianas em trazer os filhos para o Brasil quando trabalhava, em 2012, como assistente social judiciária em Chapecó. “Resolvi aprofundar os estudos sobre a história destas mulheres nas questões de gênero e de direitos humanos.”
Em um país como o Haiti, dominado pelo caos político, econômico e ambiental, a população ainda sofre com a violência das gangues, mais de 100 na capital Porto Príncipe, com o quadro de abuso sexual de crianças e a fome severa que atinge boa parte dos habitantes. Além disso, é sede de um dos dez piores conflitos armados do mundo.
Tema que serviu de tese de doutorado no âmbito do Núcleo Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, a dificuldade de reunificação familiar enfrentada pelas migrantes haitianas foi relatada no livro. “Das 13 famílias entrevistadas, apenas três conseguiram reunir as famílias. O Brasil já passou por várias ondas migratórias e precisa se organizar para criar mais políticas migratórias que possam acolher estas pessoas.”
Amor não tem fronteira
Ao parabenizar Fernanda e suas orientadoras, presentes no ato, pela sensibilidade em abordar o tema, a parlamentar reiterou que o Estado deve também acolher os migrantes.
“Santa Catarina pode contribuir muito com o acolhimento a estas pessoas na elaboração de políticas públicas. O olhar sério da Fernanda ao entrevistar mulheres em Chapecó, Florianópolis, Porto Belo e Itapema nos faz refletir sobre a dura realidade destas mulheres, que trabalham em dupla ou tripla jornada, buscando uma vida digna na luta pela reunificação familiar. Solidariedade aos migrantes, porque o amor não tem fronteira”, concluiu Luciane Carminatti.
AGÊNCIA AL
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