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Crescimento dos casos de Rotavírus chama atenção em Otacílio Costa
Não permanecer em locais com muita concentração de pessoas, lavar bem as mãos e os alimentos ajuda na prevenção do contágio. Durante infecção é fundamental cuidar da hidratação, ingerindo líquidos.
Nas últimas semanas um inimigo pequeno e invisível tem causado preocupação em Otacílio Costa. De acordo com dados levantados pela nossa reportagem, um aumento de 100% nos diagnóstivos de Rotavírus aponta para o fato de que o agente se instalou na cidade e exige cuidados extras do Otaciliense para evitar a infecção. Um funcionário no Hospital Santa Clara nos informou que, nos últimos meses, a cada 100 atendimentos, pelo menos 40 foram diagnosticados com o vírus.
Uma das mais graves causas de diarreias em crianças menores de cinco anos, o Rotavírus tem alta capacidade de se transferir de um ser humano para outro, mas o faz através do chamado contato fecal-oral, que acontece quando a pessoa manipula alimentos sem o cuidado de lavar as mãos. Neste caso, a contaminação ocorre ao se ingerir o alimento ou beber a água contaminada.
A forma clássica da rotavirose (doença causada pelo Rotavírus), principalmente em crianças de idade entre seis meses e dois anos de idade apresenta sintomas como uma forma abrupta de vômito e, na maioria das vezes, diarreia e a presença de febra alta. Em adultos podem haver variações com a presença ou não de algum destes sintomas.
Apesar de não ser um agente fetal, é preciso ficar atento aos sintomas causados pelo vírus, a fim de se evitar a desidratação do paciente, no caso da presença de diarreia. Neste caso, quando o paciente fica desidratado, essa situação pode levar à morte. É o que alerta o médico Mardier Saldanha. "O paciente que fica muito desidratado precisa procurar os postos de saúde ou o hospital para repor os líquidos a partir da administração do soro", afirmou, chamando atenção para alguns cuidados extra na ingestão e alimentos durante o ciclo do vírus que, segundo ele, é de dois a cinco dias.
"Quando falamos sobre tomar bastante líquido, falamos de água ou, no máximo, sal de reidratação oral, que podem ser comprados em qualquer farmácia. Produtos como Gatorade e outros podem até agravar o quadro, devido ao fato de serem produtos industrializados e conterem química. Além disso, o paciente deve comer comidas leves, uma vez que o estômago, neste período, fica mais sensível", alertou.
Outro cuidado necessário, segundo o médico, é com relação à medicação, ou automedicação. Saldanha chama atenção para o fato de que não há antibióticos envolvidos no tratamento, e os cuidados são com a reidratação e, no máximo, administração de medicamentos leves para aliviar sintomas como os vômitos e o mal-estar provocados pelo vírus.
Para Daiane Pain, agente de limpeza moradora do bairro Pinheiros, que contraiu o vírus, junto com a filha de dois anos, o forte mal-estar foi o que mais incomodou durante o período em que teve a doença. "Uma dor forte no corpo e uma sensação de moleza o tempo inteiro que deixa a gente sem vontade de fazer nada", contou, dizendo que não descuidou da reidratação, principalmente para a filha pequena. "Tomávamos água no máximo de hora em hora", contou, agora aliviada depois de ter passado pela doença.
Lavar bem as mãos os alimentos que serão ingeridos é o melhor método de prevenção
Uma vez que o contato com o vírus acontece na manipulação de alimentos ou objetos contaminados, a melhor forma de prevenção contra o agente patológico se dá através da higienização sistemática das mãos, com água e sabão ou álcool-gel, principalmente antes das refeições e após ir ao banheiro e, além disso, ingerindo sempre alimentos bem higienizados e água devidamente tratada.
Soro Caseiro pode ajudar na reidratação dos pacientes
Soro caseiro, nome popular do soro de reidratação oral, é uma solução feita composta por água, sal e açúcar que ajuda a combater a desidratação provocada pela infecção pelo vírus.
Para fazê-lo, pegue um copo de 200 ml de água filtrada e fervida e dilua um punhado de açúcar e uma pitada de três dedos de sal; misture e prove. O soro não deve ser nem mais doce e nem mais salgado que água de coco ou lágrima.
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Editado em 12 de Abril para acréscimo de informações - A coordenadora da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do município entrou em contato com nossa redação para esclarecer que os dados repassados a nossa reportagem pelo funcionário do Hospital Santa Clara, que citamos no primeiro parágrafo da matéria, se referiam a atendimentos de diarreia e sintomas isolados, cujos casos não foram, posteriormente, confirmados com a presença do Rotavírus.
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