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Mais de 70% dos municípios catarinenses têm focos do mosquito da dengue

Estado já registra mais de 9,4 mil casos confirmados da doença

Com mais de 9,4 mil casos de dengue confirmados, Santa Catarina já tem 71,14% dos municípios com focos do mosquito Aedes aegypti. Ao todo, 210 municípios têm focos do mosquito e 125 estão infestados, o que representa um aumento de 13,6% em relação ao mesmo período de 2021, que registrou 110 municípios nessa condição. As informações são do boletim epidemiológico emitido semanalmente pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).

O estado já registra oito óbitos pela doença, a maioria na região Oeste, além de nove mortes que estão sendo investigadas. Também foram registrados 89 casos de dengue com sintomas mais leves e 10 casos de dengue grave. Nos casos mais leves, os sintomas são, geralmente, febre alta, associada à dor de cabeça, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Em casos mais graves, sangramento de mucosas (como nariz e gengivas), dor abdominal intensa e vômitos persistentes são sintomas comuns.

O diretor do Dive, João Augusto Brancher Fuck, explica que o aumento de casos no estado é um sinal de alerta para a população. "Na região Oeste já são 16 municípios que estão em situação de epidemia. Por isso, a secretaria de estado da saúde conversou com os municípios e demais órgãos para alinhar ações para criação das alas municipais, assim como as ações de manejo clínico dos pacientes para que a gente não veja mais óbitos acontecendo pela doença", explica João sobre as ações de combate à doença. Ele pede que as pessoas com sintomas da doença dirijam-se ao médico para tratamento adequado.

Ao todo, 21 municípios estão em situação de epidemia, que é caracterizada quando há mais de 100 casos da doença por 100 mil habitantes. São eles: Maravilha, Seara, Concórdia, Iporã do Oeste, Itá, Xanxerê, Abelardo Luz, Romelândia, Mondaí, Belmonte, Coronel Freitas, Guaraciaba, São José do Cedro, Caibi, Palmitos, Ascurra, Caxambu do Sul, Tunápolis, Flor do Sertão, Santa Helena e Peritiba.

Para evitar o aparecimento de ainda mais casos, o Dive traz algumas recomendações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

- evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda; guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

- mantenha lixeiras tampadas; deixe os depósitos d'água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d'água;

- plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água; trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

- mantenha ralos fechados e desentupidos; lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

- retire a água acumulada em lajes; dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

- mantenha fechada a tampa do vaso sanitário; evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

- denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

- caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

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