A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina está atualmente mobilizada em razão do que acredita ser um descaso do Governo do Estado de Santa Catarina com a carreira dos Delegados de Polícia Civil, que são responsáveis especialmente pela instrução pré-processual, com poder de decidir pela liberdade ou prisão de alguém, bem como o primeiro garantidor dos direitos e garantias fundamentais do cidadão.

Segundo o delegado de Otacílio Costa, Raphael Barboza, em virtude disso, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina, Adepol-SC, face o descaso, considera os fatos a seguir: O achatamento salarial da carreira dos delegados de polícia de Santa Catarina, que se tornou a mais desvalorizada dos últimos anos, situação gerada pela omissão do governo do estado e que vem ocasionando centenas de pedidos de exoneração de policiais civis em busca de melhores salários e condições de trabalho;

As usurpações constantes das atribuições constitucionais, praticadas com a leniência estatal, que se omite na tomada de ações e decisões para solução dos problemas; Há mais de dois anos e meio os Delegados de Polícia, através da Adepol-SC, vêm negociando com o governo do Estado em busca de um meio para resolver os problemas gerados por tal desrespeito, esforços que agora sabemos, foram em vão, pois embora acene positivamente para as propostas apresentadas pela Adepol-SC, o governo não efetiva medida prática, novamente ludibriando servidores públicos que se dedicam ao nosso Estado;

O não reconhecimento, por parte do governo estadual, da Polícia Judiciária e dos delegados de polícia como carreira essencial à justiça e à garantia da ordem pública; Todas essas situações vêm causando imenso prejuízo, não apenas aos delegados de polícia e à Polícia Civil catarinense, mas principalmente aos cidadãos deste Estado, que estão à mercê de um governo que não quer preparar a Polícia Civil para o futuro, deixando, assim, de garantir um Estado mais seguro. 

Por isso a ADEPOL vem a público esclarecer que desde o dia 08 de julho de 2013 iniciou o movimento progressivo, de cunho estadual, para orientar a população da falta de estrutura humana e da desvalorização  da carreira dos Delegados de Polícia Civil e da Polícia Civil.

A primeira medida tomada será o uso de camisetas que demonstram o descontentamento. “O objetivo será levar ao conhecimento da sociedade as precárias condições a que os Policiais Civis estão sendo submetidos e os esforços que vêm reunindo para se manterem ativos no enfrentamento ao crime, mesmo com um governo que não se preocupa com a segurança do cidadão catarinense. Os Delegados estão unidos por esta luta”, explica Raphael.

No mesmo sentido, a SINPOL, Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina, também iniciou a mobilização com a utilização de camisetas e de acordo com a decisão tomada em Assembleia realizada na última semana, foi aprovado o indicativo de greve caso o Governo do Estado não negocie efetivamente com a Polícia Judiciária do Estado de Santa Catarina até o dia 25 deste mês.