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Nau diz que se meteu em uma emboscada
O otaciliense Agnaldo Natalino de Oliveira, 46 anos, acusado por crime de roubo decretado pela Comarca de Rio do Sul, disse na última semana ao Jornal Correio Otaciliense, ser complemente inocente na história.
Ele conta que na época saiu da Capital da Madeira para morar em Rio do Sul, para trabalhar. Com o passar do tempo, mais amigos foram morar com ele, devido a cidade oferecer várias oportunidades de emprego.
Depois de um tempo a pessoa que segundo Nau tenha cometido o assalto, foi morar com ele e os amigos também. “No começo eu não queria que ele ficasse com a gente, porque eu já conhecia o seu passado, mas os outros rapazes decidiram o deixar morar, então eu acabei aceitando. Nos primeiros meses estava tudo tranquilo. Depois de um tempo ele abandonou o serviço, começou a fazer coisas erradas”, esclareceu, dizendo ainda que depois que tudo aconteceu, foi que percebeu que se meteu em uma emboscada.
Essa segunda pessoa, segundo Agnaldo, popular Nau, teria assaltado uma padaria. Devido a casa estar em seu nome e o carro deste indivíduo estar na garagem de sua casa, ele acabou sendo envolvido no caso.
Ele relata ainda que no dia em que ocorreu o assalto, tinha ido jogar futebol, quando retornou, a casa estava toda desarrumada.
“A casa estava completamente bagunçada. Até pensei que alguém tinha assaltado. No primeiro momento não consegui falar com ninguém estavam todos trabalhando e viajando. Tentei falar com essa pessoa também. Depois que fiquei sabendo que ele estava prestando depoimento na delegacia”, explicou.
Agnaldo observa que por várias vezes teve que prestar depoimento, inclusive todos que moravam na casa também prestaram esclarecimentos a justiça, mas para ele, o que o condenou foi o depoimento desta pessoa que supostamente tenha cometido o assalto.
Ele analisa que está pagando por um crime que não cometeu. Adiantando ainda que pretende batalhar pelos seus diretos, por ter sido acusado por uma coisa que não fez.
“Minha imagem está em jogo. Eu quero mostrar para as pessoas a verdade. É estranho você chegar a um lugar e as pessoas te olharem com outro jeito. Não só eu, mas também minha família está pagando por isso. Por isso vou batalhar pelos meus direitos”, projetou.
Nau conta que não só ele, mas sua família e seus amigos estão muito abatidos.
“Meus amigos dizem que não sabem como que eu estou passando por isso. É difícil, porque onde eu vou todo mundo me conhece. Eu não preciso disso, sempre corri atrás das minhas coisas, sempre trabalhei honestamente, quem me conhece sabe como eu sou”, ponderou.
O homem conta ainda que muitas pessoas leram a publicação do Poder Judiciário na mídia e saíram falando coisas absurdas. “As pessoas tem que analisar o que falam. Sei que muitos comentários saem distorcidos”, relatou.
Na última semana, Nau esteve visitando a família. Sendo que a sua condenação é de cinco anos e quatro meses, mas ele adianta que tem que pagar 10 meses e quinze dias de reclusão, em regime semiaberto, o que lhe dá direito de a cada 45 dias, ficar por sete dias em liberdade.
No dia 25, ele voltou para o Presídio de Rio do Sul, onde está preso há aproximadamente 60 dias. Ele analisa que o presídio de Rio do Sul não possui regime semiaberto, sendo que o presídio é totalmente fechado, fazendo com que todos os condenados fiquem em regime fechado.
A expectativa do otaciliense é de que dentro de quinze dias, ele já esteja livre, sendo comprovada a sua inocência. “Meu advogado já encontrou vários furos nos depoimentos dos demais, inclusive da própria pessoa que me condenou. Espero em breve estar livre, cada mês que passa, parece um ano que você perde lá dentro, é muito complicado”, concluiu.
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