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Um mal que atinge o otaciliense ainda na adolescência

Dados do Grupo de Cessação do Tabagismo apontam que a maior parte dos fumantes otacilienses acenderam o 1° cigarro antes dos 20 anos.


O consumo de derivados do tabaco (cigarro, charuto, narguillé) pode gerar aproximadamente 50 diferentes doenças. As principais, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), são as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero) e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite). O tabagismo também pode causar a impotência sexual no homem, complicações na gravidez, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo e infecções respiratórias.

Estudos do INCA, realizados em 2011, apontam que foram registrados no País aproximadamente 147 mil óbitos, cerca de 157 mil infartos agudos do miocárdio, aproximadamente 75 mil acidentes cerebrovasculares e 63 mil diagnósticos de câncer só naquele ano.

A psicóloga Jeanne Henkmaier de Souza, psicóloga do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), informou que, de acordo os dados do Grupo de Cessação do Tabagismo, que existe desde 2014 em Otacílio Costa, a maioria a das pessoas que buscam o tratamento usaram um cigarro pela primeira vez antes dos 20 anos de idade.

A luta contra o fumo e seus malefícios tem levado otacilienses a participarem do Grupo, que se reúne às segundas-feiras no Hospital Santa Clara. Nos encontros eles trocam experiências, recebem orientações, remédios e fazem uma terapia. Para realização da matéria participamos de uma reunião realizada no dia 26 de março.

Fumo há mais de 30 anos e resolvi parar ao ver que minha esposa morreu por causa do uso do cigarro, diz Célio

Uma das histórias mais comoventes foi a do senhor Célio Coelho de Souza, 54 anos, aposentado e morador do Centro Administrativo. Ele, que era fumante há mais de 30 anos, perdeu a esposa em dezembro de 2017 por causa de um enfisema pulmonar. "O tabaco faz estragos em todas as áreas de nossas vidas. Vi minha esposa definhar e ficar muito tempo na cama dependendo de ajuda para todas as atividades", declarou.


Segundo o aposentado, a morte da esposa, aliada a doenças que ele desenvolveu devido ao uso de cigarros, o levou a buscar ajuda no Grupo para parar de fumar. Ele resolveu mudar de vida e hábitos enquanto há tempo para isso. "Eu fumava duas carteiras de cigarro por dia. Agora, resolvi emagrecer, vencer a depressão por causa da morte de minha esposa e parar de fumar", afirmou.

Para os participantes do Programa ele é um exemplo de superação e determinação. As profissionais de saúde também declaram que a história de vida de Célio Coelho de Souza é dura, mas inspiradora. "Ver o Célio vencendo diante de tantas dificuldades é gratificante para nós. Saber que ele não desiste do tratamento e ainda ajuda, com seu exemplo, a outros, é uma inspiração para nós", declararam.


O grupo de Cessação do Tabagismo, que conta com duas enfermeiras, Andreia Gerber e Patricia Rengel, além da psicóloga Jeanne Henkmaier, se reúne na sala do Projeto Ser Mãe. São sete encontros (sendo no primeiro mês semanal / segundo mês quinzenal e, a partir do terceiro mês, mensal), nas segundas-feiras, das 14h30 às 16h.


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