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Outubro Rosa alerta para a importância da prevenção do câncer de mama
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Elaine Leal/CO -
Sábado, 27, será o dia 'D', as Unidades Básicas de Saúde ficarão abertas durante todo o dia.
"Em fevereiro de 2006, com 43 anos, descobri um nódulo no seio através do autoexame. Após isso procurei um mastologista e através de exames complementares foi diagnosticado "CARCINOMA" (câncer de mama)".
O relato é da professora de educação infantil Silvina Bággio Folchini de Oliveira, que atualmente é secretária no Centro De Educação Infantil Profª Marlene Luiz Antunes. Ela ressalta que gosta de compartilhar sua luta para que outras mulheres percebam que é possível superar a doença. Falando um pouco deste período de sua vida, ela fez um alerta também para outros meios de detecção precoce como o exame clinico, a mamografia e ultrassonografia.
No período do tratamento, Silvina sempre pôde contar com o apoio irrestrito do seu esposo Sodré Oliveira, do filho Dener Sodré, familiares e amigos. Para a professora, eles foram fundamentais para encontrar força para seguir em frente e não sucumbir frente aos desafios que que tinha que enfrentar. "Não há nada melhor do que estar cercado por aqueles que amamos. Seja nos momentos alegres, para compartilhar conquistas e sonhos, seja nos momentos difíceis ao longo de nossas vidas", salientou.
Ela, que vive uma vida normal hoje em dia, confessou que receber o diagnóstico foi assustador e impactante, uma vez que, na época, era um assunto ainda novo. A notícia causou instabilidade emocional, o tratamento queda de cabelo, precisou fazer mastectomia e fez a reconstituição de mama, enfrentando inúmeras dificuldades. "Nunca desisti, até continuei a fazer minha pós-graduação e completei o estudo. Claro que no meu caso tive acesso ao tratamento adequado, muita força de vontade de vencer e muita fé", asseverou.
Câncer de mama tem de 5 a 10% de hereditariedade, logo, cerca de 90% tem origens diversas, diz especialista.
O mastologista Fernando Vequi Martins, da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e da clínica Le Santé, em Lages, explica que as mulheres que têm casos de câncer de mama na família devem se preocupar um pouco mais, porém apenas se o caso for com parentes em primeiro gral, ou seja, mãe e irmãs. "Precisamos combater o mito de que a maior parte do câncer de mama tem incidência de hereditariedade, pois isto não é verdade. A imensa maioria acontece ao acaso e não tem risco genético", disse.
A respeito dos sintomas, Fernando alerta que o ideal seria que, por meio das consultas periódicas de rotina, a paciente viesse descobrir uma alteração não palpável, mas só de 5 a 10% de todos os canceres de mama são revelados na fase assintomática. Dentre as principais manifestações da doença está o nódulo na mama, que pode ser doloroso ou indolor, alterações da pele da mama, secreção no mamilo, nódulos palpáveis na axila.
Ainda conforme o especialista, a doença costuma ter uma incidência maior a partir dos 35 anos, sendo a década mais comum a dos 45 aos 55 anos. As mulheres devem fazer o exame clinico das mamas a partir da primeira menstrual e quando chegar aos 40 anos deve ser acrescentada a mamografia. "Só deve fazer mamografia antes dos 40 anos quando a mãe ou irmã teve câncer de mama. A mamografia deve ser feita 10 anos antes da idade que a paciente teve o câncer, mas nunca antes dos 30 anos", finalizou.
Dia 'D'
A secretaria de Saúde de Otacílio Costa está realizando durante todo o mês de outubro em todas Unidades Básicas de Saúde (UBS) exames preventivos. Mulheres a partir dos 45 podem solicitar o exame de mamografia. Sábado, 27, será o dia 'D', as unidades ficarão abertas durante todo o dia.
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