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Barriguinha, um pai de todos.

Claudio Simones, conhecido por “Barriga”, 71 anos, tem uma história lindíssima desenvolvida na comunidade de Otacílio Costa. Exemplo de pai, ele é uma pessoa bastante prestativa e de um caráter imensurável, além de outras muitas qualidades, que fazem dele um personagem ideal para homenagear todos os papais nesta edição do Jornal Correio Otaciliense.

Natural de São José do Cerrito, mas precisamente da localidade dos Passos dos Fernandes, ele chegou a Capital Catarinense da Madeira no dia 2 de fevereiro de 1976 para tocar uma filial da empresa Engrenaco de Lages. Veio com o pensamento de ficar somente alguns meses, mas acabou se aquerenciando em definitivo por aqui. 

Nestes 46 anos de moradia em Otacílio Costa, Barriguinha emprestou seu rico conhecimento para o desenvolvimento das causas sociais.  Ele Foi um dos  fundadores da CDL, foi sócio do antigo AVEI, hoje Clube Pinheiros, onde exerceu o cargo de presidente, foi rotariano por 18 anos, ocupando os cargos tesoureiro, por seis gestões, e sendo três vezes presidente do Rotary Club Igáras, hoje Rotary Club de Otacílio Costa.                                                                                                                                                        

“Fui presidente do Rotary por três gestões, dando continuidade aos eventos, como, por exemplo, o 1º baile do Chopp e o 2º baile de São João e o 3º baile do Papel. Nos 18 anos de Rotary dei continuidade ao tradicional almoço dos idosos, que contava com a participação de aproximadamente 230 idosos. Era servido, gratuitamente, almoço e refrigerante. O dia da criança também era famoso. O Rotary montava e distribuía para as crianças cerca de três mil pacotes de pipoca”, conta.

Além disso, Barriga conseguiu adquirir, nas suas três gestões de presidente do Rotary, 12 ou 14 cadeiras de rodas, que foram doadas para a APAE, para serem emprestadas a população do município. “Na campanha da Poliomelite era doado lanches e refrigerantes para os profissionais de saúde nas unidades de saúde. Conseguimos implantar o Proerd e tínhamos uma ótima parceria com a Casa da Amizade. Eu dava suporte para as mulheres da Casa da Amizade nos eventos que realizavam, como o Chá da Amizade, a Noite da Lazanha, a Noite da Macarronada, isso tudo para arrecadar fundos para compra de roupa de cama para o Hospital Santa Clara”, lembrou.

Exemplo de pai

Claudio Simones tem dois filhos, Marcos e Claudia. De acordo com o filho Marcos, seu pai é exemplo de ser humano. “Nosso pai é homem do bem, tanto que me falta palavras para descrever. Ele é meu ídolo, me ensinou desde pequeno que para mim ter as coisas teria que trabalhar e esse ensinamento foi primordial na realização da minha carreira profissional”, ponderou Marcos.

Sobre Otacílio Costa

“Otacílio Costa, hoje, é uma cidade muito boa para se viver. Aqui temos de tudo que as outras cidades têm”, diz.

Mas, segundo ele, nem sempre foi assim. “Há 46 anos era muito difícil de viver. Nós, para sobreviver, tivemos que correr muito para manter a oficina, tanto mecânica, quanto de motosserras. Para conseguir peças, tínhamos que enfrentar estrada de chão batido até Lages. Era muito demorado para fazer esse deslocamento, então o serviço na maioria das vezes demorava muito para ser feito”, recorda. 

                                                                               

Nos primeiros meses de oficina, era obrigado a fazer uma carga horária muito extensa. “Eu levantava às seis da manhã e parava de trabalhar somente às duas da madrugada para dar conta do serviço. Eu concertava, na época, cerca de 350 motosserras por mês”, relata.

Em 1979 fundou a Auto Mecânica Simones e a luta foi a mesma, ter que trabalhar quase dia e noite para conseguir dar conta dos compromissos assumidos com os clientes.

Em 1982 fundou a Tarumã Auto Elétrica e Assessórios. Hoje, as duas empresas, mecânica e elétrica,  estão sob responsabilidade dos dois filhos.

Atualmente, aposentado, Barriga apenas dá suporte aos filhos na administração das empresas. “Nas horas de folga gosto de ir ao bar conversar com os amigos,  e nos finais de semana, geralmente, reúno os amigos pescadores e vamos acampar pelo interior. Comer um peixe fresco não tem preço”, finaliza.


                                                                        

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